O empréstimo consignado do Auxílio Brasil, liberado em outubro deste ano pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, pode estar com os dias contados. Isso porque, a equipe de transição petista enviou ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um relatório sugerindo o fim da iniciativa.
A equipe relacionada a área de desenvolvimento social apresentou vários motivos recomendando a suspensão da oferta, inclusive, ressaltando o comprometimento da renda das famílias mais pobres “quer permaneçam no programa de transferência de renda, quer não”. No entanto, a decisão caberá a Lula e seus ministros.
Com a divulgação do relatório, muitos beneficiários que contrataram o crédito começaram a se questionar sobre o procedimento que será adotado caso o serviço seja cancelado. O dinheiro terá que ser devolvido? Confira a seguir!
Segundo as informações do próprio grupo político, mesmo que o encerramento da oferta aconteça, os contratos ativos não serão alterados. Ou seja, os beneficiários continuarão pagamento as parcelas da dívida e não terão que devolver o dinheiro tomado.
Neste sentido, a única alteração se refere a impossibilidade de contratação do empréstimo consignado do programa social. Lembrando que no próximo ano passará por mudanças significativas, voltando a se chamar Bolsa Família, por exemplo.
No texto encaminhado ao próximo presidente da República, os especialistas afirmam que a dinâmica imposta pelo serviço acaba transferindo o dinheiro de pessoas vulneráveis para o sistema financeiro do mercado, aumentando ainda mais a desigualdade no país.
“As pessoas que tomam o crédito consignado terão a sua renda familiar comprometida, quer permaneçam no programa de transferência de renda, quer não, mesmo que saiam por medida de redesenho, averiguação ou impossibilidade de atualização de informações. […] Trata-se de uma desproteção social futura, com transferência de valores substanciais da renda dessas famílias para o sistema financeiro”, diz um trecho do relatório.
Contudo, é importante lembrar que ainda não há nada confirmando, e o governo eleito pode abandonar a ideia de suspender o consignado e optar por apenas reduzir as taxas de juros da modalidade. Dessa forma, os impactos na renda das famílias de baixa renda seriam mais brandos.
Durante as eleições 2022, o ainda presidente da República, Jair Bolsonaro, prometeu conceder o pagamento de um 13º salário às mães solteiras beneficiárias do Auxílio Brasil. No entanto, com a sua derrota, o repasse do benefício extra ficou ainda mais distante.
Todavia, muitas pessoas têm expectativas quanto a possibilidade de o abono ser pago nos últimos dias do mês dezembro. No entanto, é importante lembrar que a promessa do repasse do 13º salário do Auxílio Brasil, previa pagamentos somente a partir de 2023.
Sendo assim, não há chances para que o pagamento seja realizado ainda em 2022. “Não está previsto o pagamento do 13º salário para os beneficiários do Auxílio Brasil“, reforçou o Ministério da Cidadania.