A CEF (Caixa Econômica Federal) divulgou que não tem consignado do Auxílio Brasil em qualquer canal da instituição bancária das 18h de sexta-feira (21) até as 7h da segunda-feira (24). A justificativa do banco é um tipo de “manutenção programada em ambientes tecnológicos”, o que acontecerá na Caixa e na Dataprev.
O anúncio de que não tem consignado do Auxílio Brasil ocorreu em meio ao caos das reclamações nos atrasos de pagamento dos empréstimos aos beneficiários. Os clientes da CEF são avisados do prazo inicial para que o dinheiro caia na conta, que era de 48 horas. Entretanto, agora chega a demorar aproximadamente 15 dias. Os beneficiários contratantes ainda se surpreenderam com o seguro e as taxas que, juntos, ultrapassam R$ 200,00. Para saber detalhes, continue lendo a matéria desta sexta-feira (21) que o Notícias Concursos preparou.
Fora esse problema, ainda há relatos do cancelamento dos benefícios, sobretudo das pessoas que contrataram o empréstimo logo que essa modalidade passou a vigorar, no dia 10 e 11 de outubro. O consignado, que aparecia no status de “aprovado” ou mesmo de “em processamento”, aparece agora como cancelado e sem ter explicações.
O setor técnico do TCU (Tribunal de Contas da União) pediu que houvesse uma suspensão desse produto financeiro. No tribunal, espera-se que Aroldo Cedraz, ministro relator desse caso no TCU, dê um posicionamento o quanto antes.
A ação de suspensão do crédito teve o protocolo feito pelo Ministério Público, ao encargo do promotor Lucas Furtado. Nesse processo, ele solicitou a suspensão de qualquer concessão de crédito citando o possível “desvio da finalidade” e da utilização “meramente eleitoral”.
O empréstimo possui juros de 3,45% mensais, no limite dos 3,5% estabelecidos pelo Ministério da Cidadania. A prestação é de, no máximo, 40% do recebimento do Auxílio. Assim, a parcela com valor mínimo é de R$ 15,00. As parcelas podem ser pagas em até 2anos, ou seja, 24 meses.
O teto dos 3,50% anuais é maior que o imposto pelas instituições bancárias ao consignado cedido pelo INSS, de 2,14%. Além do mais, de acordo com informações do Banco Central, fica acima do cobrado, na média, nos diversos tipos de crédito consignado: para os funcionários dos setores privados (2,61%), para funcionários dos setores públicos (1,70%), para pensionistas e aposentados do INSS (1,97%), bem como consignado pessoal (1,85%).
Veremos na segunda-feira (24) se não tem consignado do Auxílio Brasil ainda, se o impasse será definido. Enquanto isso, os beneficiários seguem sem saber o que fazer quanto ao contrato que já fizeram.