"Não há motivação eleitoral", diz ministro sobre o Auxílio Brasil

“Não há motivação eleitoral”, diz ministro sobre o Auxílio Brasil

Governo aumentou valor do Auxílio Brasil às vésperas das eleições, e pretende anunciar um 13º para mulheres

A ideia de turbinar os pagamentos do programa Auxílio Brasil às vésperas das eleições presidenciais não tem qualquer motivação eleitoral. Ao menos é o que disse o Ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, durante uma entrevista coletiva em Brasília, na manhã desta terça-feira (4). Ele disse que o Governo está “preocupado com as pessoas”.

“Por que não iríamos ajudar a população pobre por conta do período eleitoral? Estamos saindo de uma pandemia, um momento de guerra, insegurança energética e alimentar. Quem tem fome não pode esperar”, disse ele. Desde agosto, o Governo Federal está pagando o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 mínimos por família.

“Não posso me dar ao luxo de dizer que as pessoas podem aguardar mais 30 dias para estender o benefício social. Não faz parte da nossa atuação. O que podemos fazer, fazemos de forma imediata”, disse ele. Aqui, o Ministro tentou explicar o porquê de o anúncio de mais adicionais ter acontecido durante o segundo turno.

Nesta semana, o Governo Federal realizou dois anúncios referentes aos pagamentos do programa Auxílio Brasil. O primeiro deles diz respeito ao calendário de liberações. O Ministério da Cidadania resolveu antecipar os depósitos para o próximo dia 11, e não mais dia 18 como estava programado anteriormente.

Além disso, o Governo também deve anunciar a proposta de pagamento de um 13º salário apenas para as usuárias mulheres do Auxílio Brasil. A ideia é que elas recebam o adicional no mês de dezembro. Assim, elas poderiam receber ao final de cada ano um patamar mínimo de R$ 1,2 mil.

Mulheres do Auxílio Brasil

Assim como acontecia com o antigo Bolsa Família, o atual Auxílio Brasil também é formado por uma maioria de mulheres. Hoje, os homens são uma minoria nos recebimentos do benefício social.

Em entrevista para o programa A Voz do Brasil, a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, adiantou que neste mês de outubro pouco mais de 21,3 milhões de pessoas poderão receber o montante.

Deste grupo, estima-se que mais de 17 milhões sejam mulheres. Este é o número que o governo trabalha para saber quanto vai gastar com os pagamentos do 13º salário para os usuários do Auxílio Brasil.

Promessas

Bolsonaro não é o único candidato que promete mudanças em benefícios sociais. O seu adversário neste segundo turno, o ex-presidente Lula (PT), também vem prometendo alterações nesta área.

Em entrevistas, o petista já chegou a afirmar que pode pagar um adicional de R$ 150 por crianças menores de seis anos de idade. Além disso, há a indicação de repassar valores dobrados para mães solo.

No início da tarde desta terça-feira (4), o PDT resolveu aprovar por unanimidade o apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT). Na decisão, os líderes do partido decidiram colocar como condição a ideia de que o petista insira em seu projeto de governo a renda básica universal de R$ 1 mil.

Nesta semana, a ex-candidata Simone Tebet (MDB) também deve se reunir com membros do PT. Ela pode levar como proposta a ideia de pagar um auxílio no valor de R$ 5 mil para cada estudante que conseguir concluir o ensino médio.

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