A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (19) a Medida Provisória (MP) 1127/22, que limita o reajuste das taxas de foro e de ocupação dos terrenos da União a 10,06% (correspondente à inflação de 2021), no exercício de 2022, de acordo com informações oficiais da Agência Câmara de Notícias.
A regra já vigora desde junho, quando a Medida Provisória (MP) foi assinada, no entanto, a medida segue para análise do Senado, ressalta a Agência Câmara de Notícias.
Segundo destaca a divulgação oficial da Agência Câmara de Notícias, a partir de 2023, o lançamento dos débitos observará o percentual máximo de atualização correspondente a duas vezes a variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do exercício anterior ou os 10,06%, o que for menor.
A cobrança de foro diz respeito a uma taxa de 0,6% de pagamento anual sobre a propriedade ou domínio útil do terreno, explica a Agência Câmara de Notícias. Já a taxa de ocupação é equivalente a 2% de pagamento anual sobre a mera inscrição de ocupação do terreno, ressalta a divulgação oficial.
As taxas são devidas sempre que há ocupação de área pública federal por pessoas ou empresas, assim sendo, funciona como uma espécie de “aluguel” pago pelos ocupantes, de acordo com a explicação oficial da Agência Câmara de Notícias.
O Poder Executivo alega que a medida corrige distorções da legislação que obrigava a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU) a realizar reajustes de até cinco vezes o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), explica a Agência Câmara de Notícias.
As maiores variações ocorriam quando a Planta de Valores Genéricos (PVG), informada pelos municípios – que ficam com 20% da arrecadação da SPU – era atualizada após anos de defasagem. A PVG também é a base de valores de imóveis utilizada pelos municípios para a fixação das cobranças do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Com a edição da MP, embora a SPU continue obrigada a seguir a PVG informada pelos municípios, fica garantido que o reajuste da cobrança de taxas de foro e de ocupação nunca seja maior que 10,06%, informa a Agência Câmara de Notícias.
A relatora da MP, deputada Rosana Valle (PL-SP), incluiu no texto sugestões de alteração apresentadas pela SPU com os seguintes objetivos: