O movimento Renda Básica que Queremos deu início a uma campanha com o objetivo de para pressionar senadores e deputados a estenderem o auxílio emergencial, hoje no valor de R$600, até dezembro.
A campanha acontece na parte das negociações no Congresso para a prorrogação do auxílio, que ganharam força nos últimos dias depois que o ministro Paulo Guedes (Economia) acenou com a concessão de mais duas parcelas no valor de R$ 300.
No entanto, parlamentares consideraram a proposta do ministro insuficiente em razão do avanço da contaminação do vírus pelo País.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apoia a prorrogação do auxílio, inclusive, se manifestou nas suas redes sociais no último fim de semana publicando um duro recado ao governo. “O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora”, pontuou Maia.
Entretanto, o presidente da Câmara mostrou seu apoio e defesa à prorrogação por mais dois ou três meses no valor de R$ 600, ao contrário do ministro Paulo Guedes que quer reduzir o valor à metade das próximas parcelas.
A campanha deu início na coleta de assinaturas em defesa da manutenção do auxílio por mais seis meses, além das três parcelas iniciais, porém, com mudanças nas regras.
O “Estadão” teve acesso ao documento e nele o movimento apresenta propostas para serem incluídas na legislação para resolver os problemas em relação à efetivação do benefício, que deixaram muitos brasileiros que precisam do recurso fora do programa, enquanto outros receberam o auxílio de forma irregular.
As assinaturas eletrônicas (www.rendabasica.org.br) são enviadas automaticamente, por e-mail, para nove líderes do Congresso, entre eles Rodrigo Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O movimento enfatiza a preocupação de que o governo reduza o valor do auxílio emergencial para R$ 300, a partir da quarta parcela, e o encerre na quinta parcela.
Para os demais
O Ministério da Cidadania deu um prazo para liberação do calendário da 3ª parcela do auxílio emergencial no valor de R$600. De acordo com informações da pasta, o cronograma vai ser detalhado a partir desta semana.
O Ministério, comandado pelo ministro Onyx Lorenzoni, não se comprometeu em divulgar uma data específica para liberação do calendário.
Na quinta-feira, 18 de junho, o Ministério da Economia revelou que o total gasto com o auxílio emergencial, até o momento, já é de mais de R$ 81 bilhões. No valor já é considerado o pagamento da terceira parcela para os beneficiários do Bolsa Família.
De acordo com informações da pasta, 63,5 milhões de brasileiros, levando em conta todas as categorias de beneficiários, receberam os recursos de R$ 600 ou R$ 1.200.
A Caixa efetua os pagamentos, enquanto o Ministério da Cidadania é responsável pela liberação do calendário.
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