Curiosidades

Moeda de 5 Centavos modelo novo pode ser vendida agora por até R$650

Assim como qualquer produto produzido em grande escala, as moedas que usamos no comércio também podem ser fabricadas com defeito. Entretanto, ao contrário de outros itens, encontrar uma moeda que conta com um erro de fabricação, pode ser um sinal de grande sorte.

Estamos falando de moedas raras. Afinal de contas, não é todo dia que se encontra uma peça com um defeito de fabricação. Quem encontra estas peças, pode vendê-las por um bom valor, independente do seu patamar facial. É o caso, por exemplo, da moeda de 5 centavos do ano de 2012.

Como identificar a moeda

Abaixo, você pode conferir uma lista com as principais características desta moeda.

  • Novo Padrão Monetário 2º Família Diversos Metais;
  • Plano Monetário: Padrão Real 2º Família (1998-atualmente);
  • Período: República;
  • Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
  • Diâmetro: 22mm;
  • Peso: 4.10gr;
  • Metal: Aço Revestido de Cobre;
  • Borda: Lisa;
  • Anverso: Busto de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ladeado pelo dístico Brasil e por motivos alusivos à Inconfidência Mineira, o triângulo da bandeira dos inconfidentes, com uma pomba que representa a liberdade e a paz
  • Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial 5 centavos e a data. À direita do valor, a constelação do Cruzeiro do Sul

Cunho descentralizado

Mas afinal, quando a moeda de 5 centavos do ano de 2012 pode ser considerada rara? De acordo com especialistas, esta peça pode valer muito dinheiro caso seja encontrada com o defeito de cunho descentralizado, ou “boné”, como é mais conhecida entre os especialistas da área.

Este fenômeno ocorre quando o disco não é corretamente centralizado, em relação aos cunhos no momento da batida. Se o intervalo possui de 5% a 15% da área da peça, o erro é considerado boné nível 1. Neste caso, o erro poderá render ao indivíduo algo entre R$ 150 e R$ 250.

Se o intervalo possuir algo entre 16% e 40% da área da peça, a situação se torna ainda melhor. Isso porque o defeito vai ser considerado boné nível 2, o que vai fazer com que a moeda passe a custar algo entre R$ 250 e R$ 450.

Mas se o intervalo possuir algo acima de 40% da peça, pode-se dizer que você é uma pessoa muito sortuda, pois estamos falando de um boné nível 3. Neste caso, a moeda poderá ser vendida a algo entre R$ 500 e R$ 600.

E se além do erro de descentralização, o cidadão encontrar o erro de batida dupla nesta mesma peça, o valor poderá ser elevado em mais 50%.

Este é um exemplo de uma moeda boné. Imagem: Reprodução

As moedas do Brasil

O Brasil já contou com várias moedas no decorrer da sua história, de modo que esta peça de 5 centavos de 2012 foi apenas uma dentre tantas outras que já circularam pelas nossas ruas. Abaixo, você pode ver um resumo da nossa história monetária:

  • Período colonial a 1942 – Réis
  • De 1942 a 1967 – Cruzeiro
  • De 1967 a 1970 – Cruzeiro Novo
  • De 1970 a 1986 – Cruzeiro
  • De 1986 a 1989 – Cruzado
  • De 1989 a 1990 – Cruzado Novo
  • De 1990 a 1993 – Cruzeiro
  • De 1993 a 1994 – Cruzeiro Real
  • De 1994 até os dias atuais – Real

Como descobrir se moedas são valiosas?

Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.

Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.

“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.