O Ministro da Cidadania, João Roma, voltou a falar sobre a situação do novo Bolsa Família nesta sexta-feira (14). De acordo com ele, o Governo lamenta críticas ao novo projeto. É que segundo ele, não há o que criticar porque o programa ainda não está pronto.
João Roma usou as suas redes sociais para dizer que não vai admitir que as pessoas façam uma espécie de “palanque ideológico” sobre o tema. Alguns setores da oposição estão de fato criticando a nova ideia. Por isso, o Ministro decidiu falar sobre essas críticas.
“Não admitiremos que o cidadão seja refém de imposições e interesses ideológicos. Por isso, lamentamos a crítica antecipada a um projeto que se encontra em fase de desenvolvimento”, disse Roma em seu perfil oficial no Twitter ainda na sexta (14).
Na mesma postagem, o Ministro deixou claro que a ideia do Governo é ampliar o alcance do benefício em questão. De acordo com os dados do próprio Ministério da Cidadania, que responde pelo programa, o Bolsa Família atual paga parcelas para cerca de 14 milhões de pessoas.
Em tese, esse número deve aumentar a partir do próximo mês de agosto. Vai ser portanto no mesmo momento em que o atual Auxílio Emergencial chegar ao fim. Apesar de publicar um texto longo, o Ministro decidiu não dar mais detalhes sobre a ideia do Governo.
Nas últimas semanas, o Planalto vem revelando alguns detalhes sobre esse novo programa. Talvez o mais importante desses detalhes seja mesmo o valor do projeto. De acordo com o próprio Presidente Jair Bolsonaro, o valor médio de pagamentos do novo Bolsa Família será de R$ 250.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, a média de repasses desse benefício é de R$ 190. Isso quer dizer portanto que o Governo estaria preparando um aumento de valores para boa parte dos beneficiários. No entanto, essa ainda não é uma informação oficial.
Além disso, há a ideia de colocar mais gente dentro do programa. No entanto, mesmo com esse aumento, o Governo entende que não dá para levar todo mundo do Auxílio Emergencial para o Bolsa Família. Isso significa dizer portanto que milhões de brasileiros que precisam do dinheiro ficarão de fora do benefício.
No Congresso Nacional, no entanto, começa a crescer outra ideia. É que parte dos parlamentares não querem que o Governo coloque em prática o novo Bolsa Família. Eles querem que o Planalto prorrogue os pagamentos do atual Auxílio Emergencial.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o novo Auxílio tem quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. O Governo terminou os repasses do primeiro ciclo há alguns dias. Agora, o Congresso quer que o Ministério libere dinheiro para fazer os pagamentos até novembro, no mínimo.
O fato mesmo é que o Governo ainda não decidiu qual decisão vai tomar ainda. Novo Bolsa Família? Prorrogação do Auxílio? Até aqui não dá para saber qual opção vai escolher. Os trabalhadores esperam por essa definição o quanto antes para que eles possam se preparar financeiramente para o segundo semestre.