A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados voltou a ouvir na última quarta-feira (7) o ministro do setor, Milton Ribeiro.
Através do pedido do deputado Danilo Cabral (PSB-PE), o então ministro do MEC, Milton Ribeiro, deve explicar os impactos do corte de R$ 2,2 bilhões e do bloqueio de R$ 2,7 bilhões do orçamento previsto para a Educação.
O deputado Danilo Cabral disse que de acordo com a reportagem de um jornal teria enviado um documento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que os cortes no orçamento da Educação ameaçam a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Além do funcionamento regular das universidades federais e, até mesmo, a continuidade de alguns problemas do Governo Federal como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Segundo o deputado, Danilo Cabral: “Trata-se seguramente da mais grave crise de financiamento dos últimos vinte anos”, afirmou.
No entanto, durante uma visita na última quarta-feira (7) para inauguração de salas de um Instituto Federal do Estado, o ministro Milton Ribeiro afirmou: “O governo federal não cria recursos, ele recolhe recursos. O presidente teve que escolher as áreas prioritárias e as áreas que escolhemos, e ele me convenceu disso, foi colocar comida no prato dos brasileiros através do auxílio emergencial”.
A audiência com Ribeiro dá continuidade ao debate feito no mês de junho na comissão.
Nessa reunião, o ministro foi criticado por ter colocado como problema no orçamento da União a destinação de R$ 3,5 bilhões
para levar internet gratuita a estudantes de baixa renda e a professores da rede pública de ensino.
Perguntado sobre o impacto do corte no funcionamento das instituições de ensino, o ministro enfatizou que investimentos importantes não serão feitos no momento.
Afinal, o governo terá que escolher entre “recursos para comer” e projetos educacionais.
“Nós não vamos cortar os recursos, nós vamos adiar alguns investimentos que são importantes para a educação. Entre uma perda maior que é não ter recurso para comer e adiar um projeto de educação, o senhor presidente resolveu adiar alguns projetos de educação”, disse o ministro.
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