MINHA CASA, MINHA VIDA garante DINHEIRO EXTRA e deixa brasileiros em choque
O Plenário do Senado aprovou na última terça-feira (13) a Medida Provisória (MP) 1.162/2023, que retoma o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. A medida foi lançada pelo presidente ainda em fevereiro e, desde então, teve seus efeitos no cenário da construção civil.
A Caixa Econômica Federal recebeu um grande número de interessados em adquirir a casa própria, e também houve o retorno de muitas obras do programa que estavam paradas.
Do ponto de vista social, a iniciativa é uma ótima ação para diminuir o déficit habitacional no país, trazendo um pouco mais de equidade para o cenário econômico brasileiro. Mas ainda há outro público que pode ser beneficiado com o Minha Casa Minha Vida: os investidores.
Como o mercado de ações está cada vez mais democrático e acessível, não é preciso ser um expert em finanças para investir em determinados setores que podem render uma bolada de dinheiro.
Conheça agora as ações que especialistas no mercado financeiro recomendam para quem quer começar investindo com segurança e rentabilidade.
Minha Casa Minha Vida: quais ações podem se beneficiar com o programa?
A volta do programa habitacional foi uma boa notícia não só para quem deseja ter uma casa própria, mas também pode representar um ponto de retomada do setor de construção civil.
No último ano, incorporadoras e construtoras viram os lucros caírem com o gradual aumento da taxa de juros no país. Agora, o Minha Casa, Minha Vida pode sinalizar melhora ao setor. O programa pode movimentar ações na bolsa de valores de várias maneiras. Aqui estão duas delas:
Construtoras e Incorporadoras
Empresas que estão envolvidas na construção e incorporação de imóveis residenciais podem se beneficiar diretamente. Com o retorno do programa, espera-se um aumento na demanda por moradias, o que pode levar a um aumento nas vendas e nos lucros dessas empresas. Por consequência, isso pode aumentar o preço das ações delas.
Setor de Materiais de Construção
Quem produz ou vende materiais de construção também podem se beneficiar. O aumento na construção residencial significa um aumento na demanda por materiais de construção, o que pode levar a um aumento nas receitas e nos lucros e, consequentemente, um aumento no preço de suas ações.
O grupo de investimentos Empiricus concorda que o Minha Casa Minha Vida pode movimentar positivamente as ações relacionadas à construção civil. Seus especialistas apontam, em especial, para as construtoras de baixa renda como Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3).
É importante notar que, embora o retorno do Minha Casa Minha Vida possa beneficiar essas ações, também existem riscos associados. Por exemplo, se o programa não for implementado de forma eficaz, ou se houver problemas mais amplos que afetem a demanda por habitação ou a capacidade das pessoas de obter financiamento, isso pode não trazer benefícios para as ações.
Portanto, sempre é recomendável fazer uma análise cuidadosa e consultar um consultor financeiro antes de tomar decisões de investimento.
Construção civil é sensível à inflação e juros
A construção civil é um setor que está diretamente ligado à saúde econômica de um país. Quando a economia sofre, muitas vezes a construção civil é um dos primeiros setores a sentir os impactos.
Aqui estão algumas razões pelas quais a construção civil pode ter sofrido com a crise econômica e a alta da taxa Selic:
Aumento dos custos de empréstimo
A taxa Selic é a taxa de juros básicos da economia brasileira. Quando a Selic sobe, o custo do crédito também aumenta.
Isso significa que é mais caro para as empresas de construção tomarem dinheiro emprestado para financiar novos projetos. Além disso, os consumidores também podem se tornar mais relutantes em aceitar créditos imobiliários, o que pode reduzir a demanda por novas construções.
Inflação
A inflação também pode aumentar o custo dos materiais de construção, o que torna os projetos de construção mais caros. Isso pode reduzir a lucratividade dos projetos e tornar as empresas de construção menos dispostas a empreender.
Instabilidade econômica
Durante períodos de crise econômica, as pessoas e as empresas podem adiar as decisões de investimento, incluindo a construção de novos imóveis. Isso pode levar a uma diminuição na demanda por serviços de construção.
Desemprego
A crise econômica geralmente leva a um aumento no desemprego, o que reduz a quantidade de pessoas com renda disponível para comprar ou construir imóveis.
Com isso, vimos que é natural que o setor de construção civil tenha sofrido durante períodos de crise econômica e de altas taxas de juros. Mas o que dizer de hoje?
Minha Casa Minha Vida: o papel do Estado
Em cenários como os de agora, com inflação e taxa de juros altos, o setor de construção civil tende a ser prejudicado. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Com isso, a obtenção de crédito encarece e acaba impactando a venda de imóveis.
Nesse sentido, programas como o Minha Casa, Minha Vida costumam dar fôlego a empresas deste setor.
Quando a Selic sobe, o custo do crédito também aumenta. Isso significa que os empréstimos se tornam mais caros, pois os juros que os bancos cobram para emprestar dinheiro aumentam. Isso pode tornar mais difícil para as pessoas obterem financiamento para a compra de uma casa.
Se as pessoas não podem pagar os juros mais altos, elas podem ter que adiar a compra de uma casa. Então, quando o Estado arca com os juros do financiamento, como no programa Minha Casa Minha Vida, ele garante que as obras continuem, mesmo em períodos difíceis do ponto de vista econômico.
Minha Casa Minha Vida: habitação própria e acessível
As taxas de juros do financiamento do Minha Casa Minha Vida são calculadas de acordo com a faixa de renda familiar. A saber, o prazo máximo do financiamento imobiliário é de 35 anos, e a boa notícia é que são muito mais vantajosos do que outros sistemas de compras de imóveis oferecidos atualmente.
Outra diferença importante no programa é que não existe uma renda mínima para entrar no Minha Casa, Minha Vida. Porém, é importante lembrar que, como em qualquer financiamento, as parcelas não devem comprometer mais do que 30% de sua renda mensal.