O governo federal está analisando uma medida para simplificar o processo de comprovação de renda de trabalhadores autônomos, a fim de permitir que eles tenham acesso ao programa habitacional Minha Casa Minha Vida. A informação foi divulgada hoje (19) pelo ministro das Cidades, Jader Filho.
A adesão ao programa habitacional requer a apresentação de comprovantes de renda mensal. No entanto, essa exigência costuma ser mais complexa para aqueles que trabalham por conta própria. Entre as categorias que podem enfrentar dificuldades para comprovar seus rendimentos estão os catadores de materiais recicláveis, os motoristas de aplicativos, entregadores e os vendedores ambulantes.
“A equipe da Secretaria Nacional de Habitação, através do secretário Ailton Madureira, tem feito esse estudo junto à Caixa Econômica Federal para que nós possamos apresentar uma proposta à Casa Civil, ao presidente Lula, para atender esse público. São essas pessoas que têm renda, mas não conseguem fazer a comprovação dessa renda. É o motorista de Uber, é o catador de material reciclável, [são] os autônomos todos que acabam não tendo carteira assinada e não conseguem fazer essa comprovação”, afirmou Jader Filho em entrevista à Agência Brasil.
Uma das principais barreiras enfrentadas pelos trabalhadores autônomos ao buscar financiamento habitacional é a comprovação de renda. Diferentemente de trabalhadores com carteira assinada, os autônomos muitas vezes enfrentam dificuldades para apresentar documentos formais que demonstrem sua renda mensal.
As mudanças visam simplificar esse processo, permitindo que os trabalhadores autônomos comprovem sua renda de forma mais acessível. Com a redução das exigências burocráticas, esses profissionais terão mais chances de atender aos requisitos do programa Minha Casa Minha Vida e se beneficiar das oportunidades oferecidas.
Além disso, as atualizações nos valores e faixas de financiamento do Minha Casa Minha Vida também beneficiam diretamente os trabalhadores autônomos. Com a ampliação dos limites de financiamento, mais opções de imóveis se tornarão acessíveis a esses profissionais, permitindo que encontrem uma moradia adequada às suas necessidades.
O programa Minha Casa, Minha Vida passou por uma atualização nos valores em relação aos imóveis e financiamentos disponíveis. Essa atualização busca adequar as faixas de renda e oferecer mais oportunidades aos beneficiários do programa.
Para os empreendimentos voltados à Faixa 1 do programa, o financiamento máximo agora é de R$ 170 mil. Na Faixa 2, esse valor aumentou para R$ 264 mil, enquanto na Faixa 3 o limite é de R$ 350 mil. Essa diferenciação visa atender às diferentes capacidades financeiras das famílias em cada faixa.
As taxas de juros praticadas pelo programa variam de acordo com a faixa de renda e a região em que o beneficiário se encontra. Para a Faixa 1, as taxas variam de 4% a 5,5% ao ano. Já para a Faixa 2, as taxas vão de 4,75% a 7%. Na Faixa 3, as taxas de juros ficam entre 7,66% e 8,16%.
Além disso, o programa oferece descontos na aquisição dos imóveis para trabalhadores que possuem recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Essas atualizações nos valores e condições do Programa Minha Casa Minha Vida visam ampliar o acesso à moradia digna para famílias de baixa renda.