O novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) informa que as Micro e Pequenas Empresas (MPE) são responsáveis pela maior parte dos empregos formais no Brasil.
De acordo com dados oficiais divulgados pelo Sebrae, em novembro de 2022, 96,5% dos empregos gerados foram através das Micro e Pequenas Empresas. 135.000 novas vagas surgiram no Brasil, das quais 126.000 foram oriundas de pequenas empresas.
Segundo destaca o Sebrae, apesar da geração de empregos, o mês de novembro de 2022 foi um dos meses com menores saldos referentes à geração de trabalho. A média de geração de empregos no Brasil em 2022, era de 283 mil vagas até o mês de outubro.
Além disso, o Sebrae destaca que o setor de comércio foi um dos grandes responsáveis pelo aumento de emprego e renda. As Micro Pequenas Empresas (MPE) criaram 84 mil postos de empregos dentro desse ramo.
No entanto, o setor de serviços também se destaca bastante dentro desse segmento, já que ficou em segundo lugar, com 53 mil novos postos de emprego, fato que se deve à elevação da demanda de festas de final de ano.
Embora as pequenas empresas tenham apresentado grandes resultados na elevação do emprego e renda do país, as médias e grandes empresas apresentaram um volume elevado de desligamentos nos setores de agropecuária, construção civil e indústria da transformação.
No acumulado do ano, as Micro e Pequenas Empresas geraram quase um milhão e 800 mil novos empregos no Brasil, o que representa 73% das vagas geradas, que ficaram em torno de 2,5 milhões. Já a participação das médias e grandes empresas ficou em 21,5%, o que representa 530 mil contratações.
Certamente, o crescimento das micro empresas no país tem um impacto positivo na economia por conta do emprego e renda. Além disso, são empresas menores que, por muitas vezes, não podem prometer um plano de carreira para o funcionário, porém, têm recebido mais ofertas do mercado para a prestação de serviços, por serem flexíveis nas negociações.
Além disso, a retomada econômica impacta diretamente as empresas de menor porte, já que são responsáveis pela maior parte dos comércios nacionais. Por fim, as grandes empresas também se endividaram, visto que muitas são impactadas diretamente por fatores oriundos da volatilidade da economia; o que pode ser uma das razões para o volume de demissões durante o ano de 2022.