Metroviários da cidade de São Paulo decidiram entrar em estado de greve, após uma assembleia realizada pelos trabalhadores na noite desta quarta-feira (31). Isto não significa que os funcionários paralisarão as suas atividades nesta quinta-feira (1). Os servidores explicam que esta é a primeira fase de manifestação.
De todo modo, uma paralisação total ainda não está descartada. Os trabalhadores acordaram na assembleia que poderão cruzar os braços já a partir da próxima terça-feira (6). A decisão poderá ser tomada pelo Sindicato dos Metroviários do estado de São Paulo. A organização afirma que o Metrô não tem cumprido com os seus acordos.
“O Metrô não está cumprindo o que foi acordado no final da Campanha Salarial deste ano no TRT. Vários companheiros e companheiras que têm direito aos Steps ficaram sem recebê-los em 31/8”, diz a nota publicada no site oficial do Sindicato dos Metroviários do estado de São Paulo. Eles dizem que a paralisação forçará o depósito.
“Para forçar o pagamento, a assembleia on-line realizada nos dias 30 e 31/8 decretou Estado de Greve e ações de luta. A assembleia também aprovou uma declaração para a sociedade denunciando o projeto irresponsável de retirada dos OTs do monotrilho, para deixá-lo em condições de entregá-lo à iniciativa privada”, segue a nota.
Nesta quinta-feira (1), os trabalhadores atuarão no Metrô com a utilização de um adesivo. A partir da sexta-feira (2), eles passam a trabalhar sem uniforme. Uma nova reunião para discutir o futuro do estado de greve no sistema metroviário de São Paulo está marcada para a próxima segunda-feira (5), para decidir sobre a paralisação total.
Como dito, a paralisação dos funcionários do metrô ainda não foi oficialmente confirmada. Em caso de confirmação, já é possível saber quais linhas serão prejudicadas.
São elas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e monotrilho da Linha 15-Prata. Até a publicação deste artigo, o Metrô de São Paulo não tinha se posicionado sobre a indicação de possibilidade de paralisação dos funcionários. Em caso de resposta, esta matéria será devidamente atualizada
Outra categoria que está envolta em esquema de greve é a dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com as informações oficiais, parte deles deverão parar de colher dados nesta quinta-feira (1).
Trabalhadores de ao menos seis capitais já anunciaram a paralisação para hoje. Eles pedem, entre outros pontos, melhorias nas condições de trabalho e também os pagamentos de alguns salários que estão em situação de atraso.
O ato não é organizado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (ASSIBGE). A organização não quis, portanto, se manifestar sobre a movimentação que parece ter um caráter independente.
No Distrito Federal (DF), a paralisação será acompanhada por um ato previsto para as 9h, no Setor Bancário Sul. A expectativa dos trabalhadores é de que a manifestação presencial pressione pela melhoria nas condições de trabalho e pelo pagamento de salários atrasados.