O ENEM 2015 já passou, os resultados saíram e você não foi selecionado pela chamada regular do SISU 2016? Tenha calma! Nem tudo está perdido! Apesar das altas notas acima de 1000 na área de matemática, professores já confirmaram que a edição de 2015 foi a mais difícil dos últimos anos, e não é novidade que tenha deixado muitos com surpresa.
Sendo assim, nada mais justo e eficiente do que atualizar nossos métodos de estudo e dicas para se dar bem no ENEM 2016. É hora de seguir em frente, pois pode não parecer, mas o tempo é curto, e quando você piscar, o ENEM já estará bem mais perto… Por isso vamos nos preparar desde o início do ano para poder desenvolver um cronograma de estudos organizado, que concilie conteúdo e repouso, a fim de não sobrecarregar a mente. A partir desse post vamos fornecer informações e dicas cruciais para você se dar bem no ENEM desse ano, e não precisar estudar mais um ano todo para tentar entrar na faculdade! Então vamos lá!
PREPARE-SE: Apostila LANÇAMENTO ENEM 2016
O que é a Teoria de Resposta ao Item? Como ela funciona?
Uma novidade que deve ter deixado muita gente chocada na última edição do ENEM foi o registro de notas acima de 1000 na disciplina de matemática. Você pode pensar: como uma prova pode valer mais de 1000? Bom, é que o ENEM trabalha com o método de Teoria de Resposta ao Item. Isso é uma informação que muitos já sabem mas, o que isso significa e como isso funciona?
A Teoria de Resposta ao Item negligencia o método que considera apenas o número de acertos para compor a média final do aluno, como é o caso, por exemplo, do vestibular da UERJ. Ao contrário deste, a TRI calcula diferentes notas, considerando níveis de dificuldades de questões. Dessa forma, há uma valorização da habilidade do aluno no que tange as habilidades de compreensão e interpretação de conteúdo e texto em detrimento chute. Muitas questões trabalham com a interdisciplinaridade e textos grandes, nos quais a interpretação dos dados e informações fazem a total diferença na hora de chegar a resposta que esteja, de fato, correta.
Por meio desse método são identificados possíveis chutes na marcação de questões. Por exemplo: se você acerta uma questão difícil, mas erra uma fácil, você ganhará menos pontos por ter acertado a difícil, pois o sistema pode vir a considerar que você a chutou, já que não conseguiu acertar uma questão de dificuldade menor. É importante esclarecer que os acertos difíceis não são anulados, mas apenas valem menos, como se fosse um meio certo em uma prova discursiva. Da mesma forma, quanto mais questões consideradas fáceis você acertar, maior será o valor atribuído às questões difíceis. Por isso os especialistas indicam dar uma maior prioridade a esse tipo de questão, que sejam mais fáceis. Porém, como essa informação não é liberada pelos organizadores, é preciso ter conhecimento o suficiente para olhar uma questão e determinar se ela é fácil ou não… De repente um ponto que deveria ser simples ficou mais complicado, não é? Pois é, nem me fale!
Além disso tudo, as considerações para determinar a pontuação por área são diferentes. Sendo assim, mesmo se você conseguir acertar 43 questões tanto em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias quanto na área de Matemática, sua nota em matemática será extremamente maior do que em linguagens. Isso porque a média de pessoas que acertam questões de matemática é bem menor, se comparado com linguagens. Com isso, o método TRI calcula uma habilidade na área e capacidade de interpretação maior do que a média geral, e sua pontuação sobe muito. Já no caso das linguagens, acertar esse número não é tão incomum, e por isso a habilidade de resolução e interpretação é considerada de forma normal, ou seja, as notas nessa área nunca são tão extraordinárias quanto em matemática ou ciências da natureza. Quanto mais difíceis as questões de uma matéria, menor será a média geral de acertos. Se você consegue ficar acima dessa média, sua nota aumenta não considerando não só o grande número de acertos, mas também o fato de que a maioria acertou bem menos que você.
Foi exatamente isso que aconteceu nessa última edição do exame. A prova de matemática estava mais difícil e trabalhosa do que nunca. Então, aqueles que conseguiram se sobre sair à media geral obtiveram uma pontuação extraordinariamente alta, considerando não só seus altos acertos, mas também os poucos acertos dos participantes em geral.
Por isso as dicas que mais surgem com relação ao método de correção do ENEM é investir nas matérias mais difíceis, ou seja, matemática e ciências da natureza (física, química e biologia). Ao concentrar seu estudos nessas áreas, você pode adquirir uma pontuação que eleve a sua média final o suficiente para entrar na faculdade desejada. Entretanto, não deixe as outras matérias de lado, principalmente a redação, que é a única matéria passível de nota 0. Se você deseja passar para algo que englobe a área de humanas ou linguagens, não deixe de se concentrar nas suas áreas específicas, mas tenha consciência de que, mesmo que você gabarite uma das áreas, a sua nota pode não passar de 850, por aí… Portanto, estude bastante para essas matérias mais difíceis, e sua nota será alavancada!
Como devo organizar meus estudos?
Todo vestibulando sabe o quanto é importante refazer provas anteriores, ficar atendo aos temas de redação e ficar ligado o máximo possível com notícias de jornal. Não é nenhuma novidade o fato do ENEM trabalhar com questões que abordem contemporaneidade. Falando de hoje, poderíamos destacar as olimpíadas do Rio 2016, a epidemia de Zika e doenças associadas a ela – como o risco de transmissão a grávidas e a síndrome de Guillain Barre – e a crise da água. O exame sempre fala de doenças relacionadas a falta de saneamento básico, educação social e, recentemente, questões ambientais e de energia vêm ganhando cada vez mais destaque. Em questões de português, o famoso “leia a pergunta e depois vá para o texto” não vigora mais! As perguntas têm sido mais elaboradas e, na maioria, é necessário ler o texto e formar uma opinião crítica a respeito do mesmo para responder o exigido.
Por isso é importante treinar bastante com exercícios de leitura e interpretação de texto. Marque no cronômetro uma média de 3 minutos para resolver cada questão com textos de tamanhos consideráveis. A mesma regra vale para a redação. Como o tempo do segundo dia é bem apertado, especialistas sugerem um tempo de no máximo 60 minutos para realizar todo o processo da redação. Ou seja, em 1 hora você deve desenvolver o rascunho e passar a redação a limpo. O ideal é gastar 40 minutos com a elaboração dos argumentos e desenvolvimento geral do texto, para em mais 20 minutos passar todo o conteúdo à folha definitiva.
Ter um horário fixo de estudo também ajuda a criar um compromisso e empenho maiores. Se você freqüenta o ensino médio e/ou cursinho fica mais fácil, mas para aqueles que não estão mais na escola e devem conciliar trabalho e estudo em casa fica um pouco mais complicado, mas não impossível! Escreva todas as suas atividades rotineiras e seus horários e, a partir disso, reserve uma média de três a quatro horas diária de estudo, de segunda a sexta. No sábado você pode reduzir a carga horária para uma hora e meia ou duas horas e, no domingo não estude absolutamente nada! Seu corpo e mente precisam de pelo menos um dia na semana para descansar e recuperar a bateria. Não banque o teimoso, e aproveite o tempo que tem para relaxar!
Realizar resumos escritos é uma boa tática de assimilação de conteúdo. Estudiosos já confirmaram em pesquisas que o método de resumir aquilo que se lê e escuta ajuda bastante o cérebro a assimilar a informação desejada. De fato, nossa mente trabalha com três principais formas de assimilação: por meio da audição, visão e aplicação escrita. Então, se você tem dúvida de qual método funciona melhor com sua mente, use os três! Enquanto lê algum livro, diga em voz alta o que está lendo e, enquanto está lendo, tente destacar os principais pontos em um resumo escrito (nada de computador, escreva a caneta ou lápis em um caderno de anotações!).
Algumas pessoas são mais sensíveis a métodos de estudo que outras. Então, se você sentir que não está agüentando o ritmo ou está lendo e nada mais entra na sua cabeça, pare imediatamente! O enfado da mente te impedirá te abstrair quaisquer outros conteúdos, então a unida solução que te resta é descansar para se recuperar o mais rápido possível para voltar a estudar. Não se sacrifique a ponto de passar mal, deixar de dormir ou esquecer seus amigos e família. O sono é um dos fatores mais importantes neste momento, pois é por meio dele que todas as informações processadas durante todo o dia são devidamente “arquivadas” pelo cérebro. Além disso, as relações sociais ajudam a descontrair. Portanto, não deixe de sair e conversar com seus amigos e família!
Se você não tem como fazer cursinho ou adquirir apostilas do ENEM que são pagas, empenhe-se em pesquisar conteúdos na internet. Vários vídeos explicativos em canais como o DESCOMPLICA são extremamente úteis, bem como sites simples de busca, basta procurar para achar! A dica é nunca se deixar convencer de cara por uma informação dita em um único site. Procure o mesmo assunto em diversas páginas e compare-as. Quando a explicação for igual na maioria delas, pode tomar como provavelmente correto. Ao assistir vídeos, procure pular as partes não muito úteis em que os professores ficam “enrolando” (quem dera pudéssemos fazer isso nas salas de aula!).
Dessa forma, seu desempenho e assimilação de conteúdo crescerão em nível exponencial, mas sem deixar sua saúde e relações sociais de lado!
Como devo me alimentar em tempos de estudo?
Um dos fatores mais determinantes para o sucesso do participante tanto na hora de estudar quanto na hora de realizar a prova é a alimentação. Embora desconsiderada pela maioria dos jovens, uma refeição que contenha nutrientes que lhe forneçam energia suficiente para agüentar a rotina pesada de estudos é essencial!
Muitos estudantes, diante da falta de tempo e dificuldade de conciliar o estudo com outras atividades, adquirem o equivocado hábito de fazerem refeições rápidas e pobres em nutrientes, quando se dão ao luxo de comerem algo.
Porém, apesar de estarem antenados no mundo do ENEM e de diversos outros vestibulares, os estudantes, que passam horas e horas em cadeiras de salas de aula ou estudando em casa desconsideram a importância das vitaminas para a eficiência do estudo. O que parece passar batido é que sua ausência causa não só a problemas nos ossos, mas também deficiência cognitiva. Assim fica mais difícil de estudar e compreender o conteúdo. Embora encontremos facilmente a vitamina D em alguns alimentos, – como salmão, óleo de fígado de bacalhau, ostras, leite ninho e sardinha – continuamos a nos alimentar mal e a desconsiderar a importância de uma alimentação saudável para continuar os estudos da maneira devida.
Além disso, um perigo ainda maior é a anemia. Para aqueles que não gostam de feijão, agrião, couve-flor, couve e tantos outros que apresentam ferro em sua composição, cuidado! A deficiência de ferro no sangue pode causar a anemia. Com essa falta de ferro, a funcionalidade das suas hemoglobinas cai. Já que estas proteínas são responsáveis por transportar o oxigênio para todo o nosso corpo, esse transporte é feito de maneira mais lenta, e então nosso nível de energia e capacidade cognitiva cai. Você fica mais cansado do que o normal, sente sono o tempo todo, fica desanimado e não consegue produzir tanto quanto costumava estava acostumado. Seu ritmo de estudo tende a cair, e assim você dá adeus a uma nota boa no ENEM 2016…
Bom, acho que você já entendeu! Refeições balanceadas e cheias de nutrientes são essenciais para manter seu ritmo de estudo, bem como aumentar sua capacidade cognitiva e produtividade.
Para concluir, essas foram algumas dicas e informações necessárias para formular melhor seus estudos para o ENEM 2016. Acima de tudo, é preciso manter a calma, concentração e seriedade. Não se permita entrar em pânico com a quantidade de conteúdo. A maioria diz respeito à revisão, pois você já deve ter visto a maior parte durante o período de ensino médio. Em contrapartida, isso também não é motivo para relaxar demais!
Saiba aproveitar cada momento de estudo e descontração. Há tempo para tudo, então se divirta quando puder e foque quando preciso. Não deixe se levar pelas dificuldades, pois o ano está só começando, então não deixe de fazê-lo valer a pena! Com foco, força e fé, você certamente estará na faculdade no próximo ano!