Os usuários de redes sociais na União Europeia vão pagar mensalidade no Instagram e Facebook. A notícia causou espanto, mas a medida foi adotada para cumprir as exigências legais do bloco europeu.
A Meta, empresa responsável pelo Facebook e pelo Instagram, planeja criar uma assinatura de US$ 14. Então, ela será aplicada aos usuários que não aceitarem compartilhar dados pessoais para fins de propaganda.
De acordo com fontes do Wall Street Journal e Financial Times, a estratégia é uma forma de lidar com todas as novas regras de privacidade aplicadas no bloco europeu. Portanto, entenda neste artigo mais sobre o tema.
Segundo as informações, a mensalidade no Instagram e Facebook será cobrada aos usuários que não permitirem que a Meta use seus dados pessoais para a criação de anúncios personalizados.
Em uma matéria publicada pelo Financial Times, a Meta pretende cobrar uma assinatura de US$ 14 para que os usuários possam usar a plataforma pelo celular. Além disso, quem deseja também ter o acesso pelo computador deverá pagar US$ 17.
O anúncio oficial sobre a cobrança da mensalidade ainda não ocorreu. Mas, de acordo com as fontes, em breve a Meta deverá fazer o comunicado para toda a imprensa e aos usuários do país.
É importante salientar que o modelo de negócios da Meta baseia-se na captação ampla de dados dos usuários. Assim, a partir dos dados de navegação, sabe-se as preferências do público para que possa vender anúncios direcionados para as empresas.
As informações captadas pela Meta são de extrema importância para as empresas de todos os segmentos. Afinal, é por meio delas que podem ser construídas as melhores estratégias e definir qual o público ideal para seu negócio.
O anúncio da cobrança da mensalidade no Instagram e Facebook na União Europeia veio após uma decisão do tribunal de Luxemburgo. Dessa forma, a Meta tem até o fim de novembro para regularizar a situação.
De acordo com a decisão, foi constatado que o Facebook não pode justificar o uso de dados pessoais para direcionar anúncios aos consumidores, exceto se tiver o consentimento dos mesmos.
O tribunal de Luxemburgo ainda sugeriu, em sua decisão, que a empresa explorasse o modelo de assinatura. Portanto, acredita-se que seja a alternativa mais viável para atender as regras do bloco europeu e proteger os dados de seus usuários.
A mensalidade no Instagram e Facebook também pode ser considerada uma nova forma de renda para a Meta, empresa responsável pelas plataformas. Aliás, a maior fonte de renda da empresa é proveniente de propagandas.
De acordo com os dados financeiros, a Meta obteve US$ 32 bilhões em receitas no segundo semestre de 2023, sendo que desse total, US$ 31,5 bilhões são provenientes de propaganda. Isso porque, os usuários não precisam pagar nenhum valor para usar as plataformas.
A Europa foi responsável por US$ 7,2 bilhões obtidos neste segundo semestre e é considerado o segundo maior mercado para o grupo. Portanto, perde apenas para o bloco composto pelo Canadá e os Estados Unidos.
Segundo os planos da Meta, traçados após as discussões com os órgãos reguladores em Bruxelas e Irlanda, a empresa oferecerá uma versão sem anúncios para os usuários que pagarem a mensalidade no Instagram e Facebook.
Também haverá a versão gratuita, aos que concordarem serem alvos de anúncios baseados em suas informações pessoais. As informações foram obtidas de acordo com a matéria feita pelo Financial Times.
Ainda de acordo com uma nota enviada ao jornal, a Meta informou que acredita no valor dos serviços gratuitos apoiados pelos anúncios personalizados. Porém, continuam a explorar as opções para que possam cumprir todos os requisitos.
Acredita-se que a cobrança da mensalidade acontecerá apenas na União Européia e não se estenderá para nenhum outro país. Afinal, a intenção da Meta não é transformar isso em uma nova forma de renda, mas sim regularizar a situação para continuar com sua atuação no território.