Nesta quarta-feira (14), o Ministério da Educação (MEC) apresentou um documento que sugere uma revisão na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no que diz respeito à alfabetização. A BNCC é responsável por definir quais são as aprendizagens essenciais de cada etapa da educação básica. Nesse sentido, é a BNCC que determina o que todos os alunos brasileiros têm direito de aprender.
MEC defende o método fônico
De acordo com o relatório do MEC, a BNCC ignora conceitos fundamentais para a alfabetização. O documento aponta que a Base ignora conceitos do método fônico, que põe foco na conexão entre os sons e as letras. O atual secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim é a figura que encabeça as críticas ao foco que o construtivismo recebe nas escolas brasileiras.
O secretário defende o método fônico, um modelo que se opõe ao método global baseado no construtivismo. O método fônico parte da associação dos sons com as letras respectivas e posteriormente parte para a palavra, enquanto o método usado atualmente parte das experiências sobre as funções da linguagem até chegar às letras e sons.
O Relatório Nacional da Alfabetização Baseada em Evidências (Renabe) por meio do qual o MEC se opõe ao que determina a BNCC para a alfabetização e sugere revisão foi elaborado após um congresso realizado em 2019 com especialistas. Assim, o Renabe traz um conjunto de artigos escritos por profissionais cuja especialidade é a alfabetização. Nesse sentido, o documento aponta que crianças na faixa dos 0 aos 5 anos já devem ter contato com as habilidades cruciais para a alfabetização. No entanto, essa proposta não é consenso entre especialistas.
O MEC visa ainda fazer uma nova prova de alfabetização. A pasta tem como objetivo fazer um exame sem a interferência de técnicos e estatísticos do Inep que discordam do conteúdo. O MEC quer dar foco ao método fônico nesta nova prova.
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