O Ministério da Educação (MEC) prevê que haja a adesão de 54 escolas ao modelo cívico-militar em 2021. A adesão das escolas ao programa é voluntária. O modelo cívico-militar é o modelo de gestão escolar que o governo de Jair Bolsonaro defende para melhorar a qualidade do ensino público.
De acordo com o MEC no lançamento do programa, em 2019, a previsão é que 200 escolas irão aderir ao modelo até 2023. Assim, neste ano, mais de 50 unidades de ensino aderiram ao programa. A lista dos locais selecionados em 2021 deve ser divulgada em 25 de janeiro.
Nesta segunda-feira (28), foi publicada uma portaria no Diário Oficial da União segundo a qual o governo deve priorizar a instalação de duas escolas cívico-militares em todos os estados e no DF. Isso daria a soma de 54 instituições neste modelo.
Ainda conforme o MEC, para a implementação do projeto, cada escola receberia o valor de R$ 1 milhão. No entanto, especialistas acreditam que o investimento é muito alto, principalmente ao considerar o impacto já que afetará apenas uma pequena parcela da população. Além disso, eles afirmam que o modelo cívico-militar não é o único modelo de gestão escolar que tem sucesso.
Nesse sentido, em fevereiro deste ano, algumas entidades divulgaram nota contra o modelo cívico-militar. Na nota, as entidades afirmam que há resultados de excelência também em escolas públicas não militares. Para elas, não se deve confundir a boa estrutura, a boa carreira docente e o ambiente escolar disciplinado com militarização, mas sim com investimentos públicos. De acordo com a ONG Todos pela Educação, o investimento por aluno nessas escolas chega a ser três vezes maior.
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