O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta segunda-feira, 17, que irá disponibilizar internet gratuita para estudantes de instituições federais que estejam em situação de vulnerabilidade social.
O intuito do programa é que esses alunos naturalmente possam conferir as aulas online que ocorrem durante a pandemia do novo coronavírus.
A medida é para sanar um grande problema vivenciado pelos estudantes de baixa renda: a falta de acesso à internet. Muitos têm somente o celular para acompanhar os conteúdos e os pacotes de dados duram poucos dias.
Com a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro, a novidade foi anunciada em entrevista coletiva.
Ribeiro comentou acerca da demora para determinar a internet de graça, uma vez que faz cinco meses que as instituições estão fechadas por conta do isolamento social. Segundo o líder do MEC, a burocracia interna do Estado fez com que travasse a aprovação da medida.
Internet para o segundo semestre
O MEC avalia compartilhar pacotes de dados durante todo o segundo semestre entre os diferentes recursos pedagógicos dos alunos que estão participando de atividades remotas.
Segundo a pasta, o intuito desse projeto é fornecer o acesso a dados móveis para 900 mil aluns em condição de vulnerabilidade e que apresentam a renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo.
Uma análise prévia constatou que cerca de 797 municípios com campus de Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) ou Instituto Federal (IF) serão beneficiados.
Os estudantes beneficiados com a internet gratuita vão receber em seu dispositivo um bônus de dados móveis gerenciados pelas empresas de telefonia. Ele terá 90 dias de validade e irão acompanhados de créditos de dados que variam de 10G a 40GB.
Além disso, há informação de que o aluno poderá receber um pacote de dados móveis com um chip novo pré-pago com 30 dias de validade e créditos de dados entre 5G e 40GB.
Até o momento, 25 universidades federais estão disponibilizando atividades de ensino a distância para seus estudantes. De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, essas instituições possuem 72 mil jovens com renda de até meio salário mínimo. Esse é o número atualmente daqueles que necessitam de acesso a internet para acompanharem as atividades acadêmicas do ensino superior.
Não há informações oficiais sobre os alunos que residem em zona rural ou em locais que não possuem cobertura de nenhuma operadora de telefonia. Contudo, sabe-se que deverão receber tratamento específico por parte das instituições de ensino na qual estão matriculados.