De acordo com recente informação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), duas alíquotas-semente do Vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA) foram entregues na última segunda-feira (05/9) no Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O material biológico chegou ao Brasil na sexta-feira (02), no aeroporto de Confins, em Minas Gerais. A ação é apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) por meio da RedeVírus MCTI.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) destaca que esse é um primeiro passo para que o Brasil possa iniciar a pesquisa para produção em território nacional de uma vacina antivariólica, que tem ação para o monkeypox.
O CT Vacinas está em processo para ser transformado em um Centro Nacional de Tecnologias em Vacinas Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), decorrente de um acordo firmado em 2021 entre a pasta ministerial e a UFMG. A medida ampliará a capacidade brasileira no desenvolvimento de vacinas.
Segundo destaca a divulgação oficial, o material biológico foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health – NHI), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, ao CT Vacinas da UFMG por meio de um Acordo de Transferência de Material Clínico (CMTA – Clinical Material Transfer Agreement).
As sementes do vírus vacinal, como são chamadas tecnicamente, serão utilizadas para a produção de lotes de vacina para a realização de testes pré-clínicos e clínicos no Brasil.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) informa que as etapas fazem parte do processo de desenvolvimento da vacina. O material também é ponto de partida para o desenvolvimento nacional do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que é a matéria-prima para a produção vacinas, contra a varíola símia (monkeypox).
Os estudos clínicos que serão realizados no Brasil também contribuirão para confirmar a eficácia do uso do MVA como vírus vacinal para seres humanos no contexto do surto de monkeypox.
Segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o CTVacinas receberá o lote e trabalhará em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos).
De acordo com as informações oficiais, cada alíquota contém 0,2ml do vírus ultrapuro que foi produzido em boas práticas de fabricação e de laboratório, ou seja, apto para servir de base para produção de material que possa ser inoculado em seres humanos.
Os pesquisadores especialistas em varíola e responsáveis pelas pesquisas das duas instituições integram a RedeVírus MCTI e utilizarão o material biológico para iniciar pesquisas para avaliar a utilização da vacina contra o vírus monkeypox, de acordo com a recente divulgação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).