Cerca de 10 estados realizaram na manhã desta segunda-feira (27) protestos contra o Governo Federal. Centenas de pessoas decidiram reclamar da questão do aumento do preço da conta de luz. Entre outras coisas, alguns manifestantes chegaram a pedir a criação de um auxílio para ajudar com essa despesa.
De acordo com o Governo Federal, a cobrança da conta de energia está acontecendo neste mês sob uma nova bandeira tarifária. Ela é a mais cara que já existiu. Para se ter uma ideia, o nível de aumento para o valor anterior foi de R$ 14,30 por quilowatts-hora (kWh). Essa mudança já está aumentando os patamares das despesas pelo país.
Alguns participantes dos protestos chegaram a dizer que o valor da cobrança exige que as famílias tenham que escolher entre comer ou ficar no escuro. Além disso, muitos lembraram do aumento dos preços dos alimentos, do gás de cozinha e também da gasolina neste momento. A grande maioria gritou palavras de ordem e culpou o Presidente Jair Bolsonaro pela situação.
Em São Paulo, por exemplo, dois protestos aconteceram até a publicação desta matéria. Um deles foi no bairro de São Miguel Paulista, na Zona Leste e o outro na Zona Sul, em Santo Amaro. Juntando as duas manifestações, dá para dizer que a adesão não foi de mais do que algumas dezenas de pessoas.
De qualquer forma, organizadores consideram que a proposta neste momento foi fazer algo simbólico. Os manifestantes, por exemplo, chegaram a queimar contas de energia elétrica na frente de sedes de companhias. Além disso, muitos gritaram frases prontas como “o preço da luz é um roubo, que tira o sustento do povo”.
Por causa do aumento dos produtos e do custo de vida em geral, estão crescendo os pedidos pelo pagamento de auxílios para a população. E o fato é que alguns estados já começaram a atender essas pressões.
Podemos citar por exemplo os casos de São Paulo e Ceará. São estados que já começaram os pagamentos do Vale-gás. Como o próprio nome já diz, o objetivo é fazer com que os mais vulneráveis recebam essa ajuda.
Pernambuco, por exemplo, vai começar a pagar um auxílio para empresas que desejem contratar novos empregados. O Rio de Janeiro está tentando sancionar projeto que paga benefício para vulneráveis que sofrem com tuberculose.
Mas vai ser justamente neste momento de aumento do custo de vida que alguns benefícios irão chegar ao fim. É o caso, por exemplo, do próprio Auxílio Emergencial do Governo Federal. O programa deve fazer seu último pagamento em outubro.
O mesmo vale para o Bolsa Família. O projeto, que hoje atende algo em torno de 14,6 milhões de pessoas, deve chegar ao fim juntamente com o Auxílio Emergencial. Pelo menos essa é a promessa até aqui.
De acordo com o Ministro da Cidadania, João Roma, algo em torno de 25 milhões de indivíduos deverão ficar sem esses auxílios a partir de novembro. Essas pessoas deverão ter ainda mais dificuldade para pagar a conta de luz mais cara no final deste ano.