De acordo com um levantamento realizado pelo Mapa de Empresas, pesquisa do Ministério da Fazenda, no primeiro semestre de 2023, foram abertas no país mais de sete empresas por minuto. A princípio, no início deste ano, o Brasil obteve cerca de 2,014 novas organizações, ou seja, 7,73 novos CNPJs a cada minuto.
Todavia, o índice pode parecer, à primeira vista, bastante positivo. No entanto, o número de empresas abertas neste primeiro semestre do ano, é 1,5% inferior ao mesmo período de 2022. No ano passado, houve a abertura de 2,045 novas organizações empresariais. Em 2021, contabilizou-se 2,080 novas companhias.
Desse modo, é preciso mencionar que mais da metade da abertura de novas organizações empresariais no primeiro semestre são de microempresas, ou seja, 94,06%, 1,895 milhão. Em relação a outros tipos de empreendimentos, 3,43%, ou 69,199, são de empresas de médio porte, e 2,5%, 50.467 de outras categorias.
Segundo as informações levantadas pelo Mapa de Empresas, o tempo médio que um empresário leva para abrir um empreendimento, é de cerca de um dia e três horas. Sendo assim, são cerca de 60 minutos a menos do que o período verificado no mês de julho, que, de acordo com o estudo, foi de um dia e quatro horas.
Analogamente, esse tempo médio de abertura das empresas considera uma série de fatores. Podemos destacar a viabilidade de instalação, de 13 horas, e para o registro do CPF, cerca de 14 horas. Vale ressaltar que o estado de São Paulo, é a unidade federativa mais demorada para efetivar uma organização, com 41,3 horas.
Desse modo, o estado de Sergipe é bastante veloz com um tempo estimado para a abertura de uma empresa de somente 7,6 horas, no total. No primeiro semestre de 2023, o Brasil apresentou um total de 21,6 milhões de empresas, em todo o território nacional ativas, depois da criação de 2,3 milhões de novas matrizes empresariais.
Aliás, no período, houve a abertura de 58 mil novas filiais, nos primeiros seis meses do ano de 2023. No início do ano de 2023 também houveram alguns fechamentos de organizações. De acordo com o Mapa de Empresas, cerca de 1,119 milhão de companhias, no período relativo ao estudo, fecharam as portas em todo o país.
Deve-se observar que esse número é 32,2% maior que o registrado no primeiro semestre do ano passado. Durante os primeiros seis meses de 2022, houve o fechamento de 845.997 de empresas em todas as regiões do país. É preciso mencionar que as microempresas foram as que mais sofreram no período.
Dessa maneira, em relação ao fechamento de microempresas, cerca de 1,069 milhão deixaram de existir, ou seja, 95,5% do total. As organizações de pequeno porte e outros segmentos também apresentaram um grande fechamento. Entretanto, o ritmo foi exponencialmente menor do que o levando no ano passado.
Aliás, alguns especialistas econômicos dizem que o fechamento dessas empresas possui uma estreita relação com a facilidade de se virar um microempreendedor individual (MEI), no país. Em alguns casos, o cidadão abriu um CNPJ no ano passado, mas depois de um certo tempo conseguiu um emprego de carteira assinada.
Essas pessoas depois de tentarem empreender acabaram retornando ao mercado formal e passaram a exercer suas atividades profissionais em uma organização. Em alguns casos, devido a intempéries econômicas, o cidadão acabou não tendo o resultado esperado de seu novo micro empreendimento e decidiu fechar as portas.
Um dos setores que mais se desenvolveu no primeiro semestre de 2023, foi o de empresas de panificação. Enfim, segundo um levantamento feito pelo Sebrae, utilizando dados do CNPJ, existem atualmente mais de 292,7 mil organizações no ramo. A maioria é de microempreendedores individuais, micro, e pequenas empresas.
Em conclusão, desse total, 25,8 mil foram abertas nos primeiros seis meses de 2023, ou seja, 9%. O setor neste ano já faturou mais de R$58 bilhões. Neste caso, o total é de aproximadamente R$7 milhões acima do que o constatado no ano de 2022. De fato, uma em cada dez empresas de panificação foi aberta no período.
O cenário econômico no país tem apresentado alguns dados importantes que podem aftar diversos setores. Houve uam redução do Banco central da taxa de juros básica da economia nacinal, a Selic. Dessa forma, o acesso ao crédito ficará mais barato ew pode contribuir expressivamente para o aumento do número de dempresas no Brasil.