A sobrecarga diária da vida de uma mãe não é fácil. Cuidar dos filhos, manter a casa limpa, cozinhar e na maioria dos casos, trabalhar fora, sem dúvidas, requer muita força e disposição. Além disso, grande parte dessas mulheres tomam conta de toda esta rotina sozinhas, o que torna a jornada ainda mais árdua.
Como consequência, o cansaço físico e mental assolam a vida dessas mães, que ao invés de buscar alternativas para evitar ou reduzir essa sobrecarga, acabam sendo vítimas da autocobrança.
Muitas destas mulheres acabam se culpando por não dedicar mais tempo aos filhos ou executar uma tarefa da melhor maneira possível e essa autocobrança gera inúmeras consequências prejudiciais a sua saúde mental.
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A autocobrança é o principal gatilho para sobrecarga física e mental. Devido às inúmeras responsabilidades, essas mulheres sempre acham que algo merecia um pouco mais de atenção e acabam sendo invadidas por sentimentos desnecessários de incapacidade e frustração.
Estes sentimentos podem afetar desde a autoestima da mulher até o relacionamento com a família. Trazendo lacunas para o desenvolvimento de doenças como a ansiedade e depressão.
E não é só as próprias mulheres que exercem essa cobrança em si, a própria sociedade e o machismo que ainda predomina nas casas, faz com elas desenvolvam uma autoexigência com parâmetros bastante altos.
O gatilho para esta sensação também se torna banal. A escolha do tipo de parto, se optou por amamentar ou não e até um atraso na refeição pode gerar este sentimento de insuficiência, que prejudica até a criança, de forma inconscientemente.
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Para evitar a sobrecarga diária e fugir da autocobrança, especialistas alertam que a mudança tem de ser feita no comportamento e ideologia da própria mãe. Abrir mão do controle de vez em quando e saber dizer não pode facilitar a rotina.
Buscar ajuda profissional, por meio de terapias é o caminho para essa transformação, que deve ocorrer de forma gradativa. Além disso, é preciso planejar a rotina diária e exercitar a visão realista sobre as próprias dificuldades, inclusive, que nada é perfeito.
Ademais, algumas práticas diárias são essências para atenuar a sobrecarga, lembrando que mesmo sem tempo, é preciso dedicar pelos menos alguns minutos do dia para o autocuidado em prol da saúde mental. Entre eles investir em exercícios físicos e técnicas de respiração podem ser um excelente passo.
Seguindo essas dicas essas mães sobrecarregadas vão trocando a autocobrança pelo autocuidado. O resultado disso é um melhor convívio familiar e principalmente, mais saúde mental.
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