O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acaba de afirmar que pretende intensificar a agenda de viagens no país. De acordo com ele, o dinheiro precisa ser transformado em “melhoria da qualidade de vida do povo”.
As declarações de Lula ocorreram em reunião com ministros no Palácio do Planalto nesta sexta-feira. Em resumo, o presidente pediu para que os Ministérios o ajudassem a criar uma agenda de viagens pelo Brasil para que ele possa entregar mais obras públicas.
“Eu quero viajar o Brasil para a gente voltar a inaugurar casa, escola, creche, estrada, universidade, escolas técnicas. Nós temos que colocar esse país em funcionamento”, disse Lula.
Embora tenha afirmado que pretende intensificar a agenda de viagens, o presidente só deverá colocar a ação em prática a partir de abril.
Isso porque Lula deverá realizar uma visita oficial à China no final deste mês, e a intensificação da agenda de viagens ocorrerá após esse retorno do presidente ao país asiático.
Durante o encontro com os ministros, o presidente do Brasil defendeu a realização de empréstimos de capital no país.
Ele afirmou ter o desejo de saber qual é o “papel dos bancos públicos para alavancar o investimento” no país.
Além disso, Lula também fez cobranças em relação ao financiamento de pequenos e médios empreendedores, bem como de cooperativas, grandes empresários, estados e municípios.
“Não pode ser proibido emprestar dinheiro para você construir um ativo que vai aumentar o patrimônio deste país, que vai aumentar a qualidade de vida do povo. Sabe, não dá para a gente ficar achando que o gostoso neste país é guardar dinheiro. Não. Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, é dinheiro transformado em melhoria da qualidade de vida do povo, em saúde, educação e, sobretudo, emprego, que é o que dá dignidade ao povo brasileiro”, disse o presidente.
Ainda na reunião, Lula afirmou que o governo “não pode ficar chorando o dinheiro que falta”. Ele ainda atribuiu a missão de “arrumar o dinheiro que nós precisamos para fazer investimento neste país” ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Na semana passada, o presidente Lula também afirmou, em outro evento, que o governo enfrentaria o desafio de fazer o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer neste ano.
“A gente não pode aceitar a ideia de que o PIB não vai crescer porque alguém disse que o PIB não vai crescer. Nós vamos dizer que o PIB vai crescer porque nós vamos fazer o PIB crescer. Vamos dizer que o PIB vai crescer porque vamos gerar emprego. E vamos gerar emprego com as primeiras coisas”, afirmou.
Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 2,9%, em comparação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em suma, a economia brasileira totalizou R$ 9,9 trilhões, impulsionada principalmente pelo setor de serviços.
Já para 2023, a situação não se mostra tão favorável assim. De acordo com projeções média de analistas de mais de 100 instituições do mercado financeiro, o PIB brasileiro deverá crescer apenas 0,85% neste ano. Caso isso se confirme, o avanço será bem menor que o observado em 2022. Por isso que o presidente Lula vem afirmando que o avanço da economia brasileira poderá ser maior que o esperado.
O presidente Lula também pediu ao governo que haja uma mudança no nome do programa que reunirá as obras de infraestrutura. Em seus governos anteriores e no governo Dilma Rousseff, o nome utilizado era Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No entanto, o petista não quer mais utilizar esse nome para se referir ao programa.
“O PAC foi muito importante, o PAC produziu muita coisa, mas se a gente puder criar um novo programa, sabe, é importante. Dá mostra que a gente está renovando, inovando, que a gente tem criatividade para fazer outras coisas”, disse Lula.
Por fim, vale destacar que o PAC, lançado em janeiro de 2007, “tem como objetivos acelerar o crescimento econômico, aumentar o emprego e melhorar as condições de vida da população brasileira”.
“O programa consiste em um conjunto de medidas destinadas a incentivar o investimento privado, aumentar o investimento público em infraestrutura e remover obstáculos – burocráticos, administrativos, normativos, jurídicos e legislativos – ao crescimento.”