O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até tentou, mas não conseguiu se encontrar presencialmente com o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). De acordo com informações da imprensa, os dois iriam se encontrar nesta terça-feira (6) para discutir o Auxílio Emergencial.
Lula iria discutir um possível aumento dos valores do benefício para a população. Hoje, o Auxílio está pagando valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. O ex-presidente queria que esses valores subissem para R$ 600. Alguns interlocutores dizem que Lula também estaria pedindo pela criação de um novo programa.
Esse possível encontro entre Lula e Pacheco aparentemente irritou o Presidente Jair Bolsonaro. Ainda de acordo com informações da imprensa, foi o próprio Presidente que ligou para Pacheco e pediu para que ele desmarcasse a reunião. Oficialmente, nenhuma das partes confirma essa informação.
Lula está fazendo uma espécie de maratona por Brasília. O ex-presidente se encontrou com deputados, senadores e até embaixadores de outros países. A pauta é a mesma em todas as reuniões: o aumento no valor do Auxílio Emergencial.
Enquanto isso o Presidente do Senado também vai realizando encontros com outras lideranças para discutir o Auxílio. Na última semana, ele chegou a se encontrar com representantes de movimentos sindicais para discutir o possível aumento do benefício.
Ao contrário de Lula, Pacheco não defende o aumento do valor do benefício no momento. Nessa questão, ele concorda com o argumento do Governo Federal de que não dá para pagar essa conta depois. No entanto, ele vem afirmando que a pressão da população sobre esse tema “é importante”.
Na reunião com os sindicalistas, ele chegou a dizer que é justamente essa pressão que vai fazer com que o Governo Federal e o Congresso se movimentem. Ele acredita portanto que eles poderão criar um novo projeto social fixo, com valores um pouco maiores do que o atual Auxílio Emergencial.
O Auxílio não é um programa fixo. De acordo com informações do próprio Governo Federal, ele deve durar até o pagamento de quatro parcelas para a população. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, até disse que pode aumentar essas parcelas, mas o programa vai chegar ao fim em algum momento.
Ainda de acordo com Guedes, a ideia é que o Brasil tenha um programa social novo assim que o Auxílio Emergencial chegar ao fim. E a ideia mais concreta que o Governo tem nesse sentido até agora é mesmo a reformulação do atual Bolsa Família.
O Ministro da Cidadania, João Roma, disse que está em reuniões com parlamentares para fazer as mudanças. O objetivo é portanto que o novo Bolsa Família esteja pronto até, no máximo, o próximo mês de agosto. Assim, ele pegaria as pessoas que fossem saindo do Auxílio Emergencial.
Se a ideia for para frente, o Bolsa Família se tornará em agosto um programa maior. Ele ia começar a pagar benefícios para mais pessoas. Além disso, os valores médios também subiriam. Hoje, o Governo paga o benefício para cerca de 14 milhões de pessoas.