Um total de R$ 13,2 bilhões do lucro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) relativo ao ano de 2021 serão distribuídos aos trabalhadores de direito até o final do próximo mês, agosto.
Em suma, os valores só serão distribuídos após uma publicação no Diário Oficial da União (DOU), o que deve acontecer ainda esta semana. A antecipação ajudará a reduzir os impactos da inflação.
O rendimento do fundo de garantia é fixado em 3% ao ano, no entanto, desde 2017 os trabalhadores recebem parte dos lucros oriundos dos juros cobrados de empréstimos tomados pelo Governo Federal. Normalmente o valor é investido em projetos de infraestrutura, saneamento e crédito da casa própria.
Terão acesso ao lucro do FGTS os trabalhadores que, até 31 de dezembro de 2021, tinham saldo disponível em suas contas vinculadas ao fundo. O índice de distribuição será de 0,02748761, de acordo com o Conselho Curador do órgão.
Segundo a Caixa Econômica Federal, o rendimento do FGTS, somados o lucro distribuído e a remuneração das contas, será 94,9% maior do que o rendimento da caderneta de poupança. A estimativa é que o índice fique em 5,83% em comparação aos 2,99% da poupança.
Todavia, o percentual ainda é inferior à inflação oficial de 10,06% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano passado. Essa é a primeira vez desde 2017 em que os rendimentos do Fundo não conseguirão repor as perdas com a inflação.
O valor a ser pago pelo lucro do FGTS não será repassado diretamente para as contas vinculadas ao fundo. Sendo assim, os trabalhadores só podem realizar o saque conforme as modalidades tradicionais do programa, que são elas: