Enem e Vestibular

Literatura no Vestibular: resumo de “Razão e Sensibilidade”, de Jane Austen

Publicado pela primeira vez em 1811, a obra “Razão e Sensibilidade” da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817) é um dos clássicos da literatura inglesa do século XIX. Esse é o primeiro livro publicado pela autora e, como os demais, aborda o o universo e os anseios das mulheres da época. 

O romance “Razão e Sensibilidade” tornou-se, assim como outras obras de Jane Austen, um clássico que mescla drama e críticas à sociedade da época. O título da obra resume o antagonismo das irmãs que são personagens principais do romance: Elinor e Marianne Dashwood.

Enredo a obra

Ambientado na Inglaterra, o enredo de “Razão e Sensibilidade” aborda logo no início da narrativa o luto da família Dashwood, que perdera seu patriarca. Após a morte do Sr. Dashwood, a Sra. Dashwood e suas três filhas Elinor, Marianne e Margaret ficam desamparadas financeiramente, perdendo até mesmo a casa em que viviam para o único filho homem do Sr. Dashwood, fruto de seu primeiro casamento. 

Após a morte do pai das protagonistas Elinor e Marianne, as duas Dashwood em idade de casar, iniciam uma trajetória de amor e drama que definiriam seu futuro. Após o Henry Dashwood falecer, as Dashwood precisam deixar a casa onde viviam e passam a morar em um chalé alugado em Barton Park.

Antes mesmo da mudança, Elinor conhece Eduard Ferrars, jovem herdeiro que é irmão da sua insensível cunhada Fanny Dashwood. Elinor e Eduard desenvolvem uma amizade íntima que alegra a Sra. Dashwood na esperança de casar a sua filha mais velha. Mas o afastamento dos jovens é forçado pela mudança da família enlutada.

Após a mudança, as senhoritas Dashwood conhecem o Coronel Brandon, um solteirão soturno, e o jovem e misterioso John Willoughby. Ambos cortejam a romântica Marianne, mas apenas Willoughby tem sucesso, deixando a jovem apaixonada. 

Razão e emoção

Enquanto Elinor tinha sentimentos fortes, mas dominava suas emoções dada a sua grande sabedoria e decoro para lidar com as artimanhas da aristocracia da época, Marianne era demasiado romântica, impulsiva e se deixava levar pelos sentimentos. Ambas as moças já em idade de casar viam-se em situação desafortunada, sem dote a oferecer. 

Desse modo, a mãe das jovens pretendia para as filhas bons casamentos, mas não chega a interferir na decisão ou sentimentos das moças. Assim, as órfãs de uma família pertencente à pequena nobreza enfrentam o mundo repleto de interesses e intrigas da alta aristocracia. 

Apesar de parecidas em suas características, conhecimento e hobbies, as irmãs Dashwood se distinguem e se complementam pelo seu temperamento. Ao passo que Elinor é racional, Marianne é sentimental a ponto de adoecer fisicamente após uma desilusão amorosa.

Apesar dos acontecimentos tráficos de permeiam o enredo, “Razão e Sensibilidade” é marcado pelo amor das personagens principais aos seus pares românticos e também a sua família e apresenta um final feliz para as pobres moças. Desse modo, antes de conquistarem o verdadeiro amor, as irmãs e amigas trilham um caminho que exige o equilíbrio entre a razão e a emoção, temática principal da obra.

Entretanto, mesmo que em segundo plano, Jane Austen aborda na obra as incoerências da aristocracia inglesa e expõe o que a sociedade da época gostaria de esconder. Com uma linguagem irônica, a autora faz um retrato mordaz da sociedade inglesa do início do século XIX.

Sobre a autora

Nascida em 1775, em Steventon, no Reino Unido, Jane Austen publicou pela primeira vez sob o pseudônimo de “A Lady”, iniciando sua trajetória de sucesso como escritora de romance na sua época. Apesar de suas obras descreverem a sociedade do século XIX, até hoje os seus livros têm alcance mundial. 

Além de “Razão e Sensibilidade”, Austen tem em destaque outras obras sobre o universo feminino: “Orgulho e Preconceito” (1813), “Mansfield Park” (1814) e “Emma” (1815).  

Leia também Uerj recebe inscrições para o Vestibular de Vagas Remanescentes até a próxima terça-feira, dia 9 de maio; saiba mais.