O escritor Oswald de Andrade é um dos mais importantes autores brasileiros do século XX. Sua vida, estilo de escrita e a contribuição para o movimento literário ao qual pertence são elementos fundamentais para compreender sua obra e seu impacto na literatura brasileira.
Oswald de Andrade nasceu em São Paulo, no dia 11 de janeiro de 1890. Filho de uma família abastada, ele teve acesso a uma educação privilegiada, frequentando o tradicional Colégio São Bento. Durante sua juventude, teve a oportunidade de viajar para a Europa, onde teve contato com as vanguardas artísticas e literárias do início do século XX.
Além de escritor, Oswald de Andrade também foi um agitador cultural e político. Participou ativamente do movimento modernista brasileiro, promovendo eventos, manifestos e debates que buscavam romper com as convenções artísticas e literárias vigentes. Nesse sentido, o autor teve grande importância na construção da estética do Modernismo do Brasil, principalmente na 1ª fase do movimento.
O estilo de escrita de Oswald de Andrade é marcado por sua ousadia e experimentalismo. Assim, a sua obra literária reflete a busca do autor pela renovação estética e pela ruptura com os padrões literários tradicionais.
Oswald foi um dos pioneiros da prosa modernista no Brasil. Nesse sentido, seus textos se caracterizam pela linguagem coloquial, pelo uso de neologismos, pela mistura de diferentes registros e pela quebra das estruturas narrativas convencionais. Ele incorpora elementos da cultura popular brasileira em sua escrita, como a música, o folclore e a oralidade, criando um estilo único e autêntico.
Oswald de Andrade foi um dos principais expoentes do modernismo brasileiro. Esse movimento cultural e artístico surgiu na década de 1920 e buscava romper com as tradições acadêmicas e eurocêntricas, valorizando a cultura brasileira.
O modernismo propunha uma renovação estética e uma visão de mundo mais autêntica e original. Oswald de Andrade, junto com outros escritores modernistas como Mário de Andrade e Manuel Bandeira, foi um dos responsáveis por trazer uma nova linguagem e temas para a literatura brasileira.
Uma das principais obras de Oswald de Andrade é o “Manifesto Antropófago” (1928), no qual ele propõe a ideia de uma antropofagia cultural, ou seja, a ideia de devorar e transformar elementos da cultura estrangeira para criar algo novo e genuinamente brasileiro. Essa proposta de assimilação e recriação é uma das marcas distintivas do movimento modernista e do estilo de escrita de Oswald de Andrade.
Um dos textos de destaque escrito por Oswald nesse período é o poema “Pronominais”, pois o texto enfatiza o português falado no Brasil como língua fundadora de uma nacionalidade brasileira: “Mas o bom negro e o bom branco/ Da Nação Brasileira/ Dizem todos os dias/ Deixa disso camarada/ Me dá um cigarro”.
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