De acordo com os dados da pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o país lançou 57.028 imóveis no último trimestre móvel. Esse trimestre abrange novembro e dezembro de 2021 e janeiro de 2022, o que resultou em uma alta de 42% nos lançamentos na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior.
Além disso, ao longo dos últimos 12 meses, encerrados em janeiro, a alta é de 30%, com o total de 160.184 imóveis novos ante o mesmo período anterior. De acordo com as informações, foram vendidas 33.623 unidades no último trimestre móvel.
Essas quase 34 mil unidades representam um recuo de 7,0% em relação ao volume comercializado no mesmo período do ano anterior. No acumulado nos últimos 12 meses foram comercializadas 144.193 unidades, 3,7% a mais do que nos 12 meses anteriores.
Além disso, a pesquisa apontou que as vendas líquidas (volume de vendas excluindo-se as unidades distratadas no mesmo período) tiveram um recuo de 7,3% no último trimestre móvel e crescimento de 4,8% no acumulado dos últimos 12 meses.
Com relação a venda de imóveis, o programa Casa Verde Amarela (CVA), lançou 30.529 unidades, durante o último trimestre móvel, o que representa um recuo de 5,3% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior. Os lançamentos do segmento totalizaram 92.410 no acumulado dos últimos 12 meses, o que corresponde a uma queda de 11,1% em relação ao volume comercializado pelo segmento nos 12 meses anteriores.
Como forma de comparação, as vendas associadas ao programa no último trimestre móvel (24.177 unidades) recuaram 18,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, ao passo que, no acumulado em 12 meses, o volume comercializado no âmbito do programa habitacional brasileiro foi de 112.3711 unidades, declinando ligeiramente relação à soma ao resultado apurado no período precedente (-1,2%).
A instituição informou que, “os empreendimentos associados ao CVA mantiveram sua representatividade entre unidades lançadas (57,9%) e comercializadas (79,4%) nos últimos 12 meses, embora a liderança continue a declinar desde 2020”.
A associação explica que isso está aplicado no “lado da oferta, como as regras e limites que definem o enquadramento de imóveis no programa, o nível de subsídios e a alta dos preços de insumos da construção, e da demanda, por conta da queda no rendimento médio das famílias, especialmente as mais pobres”.
Contrastando com os resultados negativos do segmento mais popular do mercado doméstico, o número de imóveis de médio e alto padrão lançados no último trimestre móvel (26.493 unidades) representou uma elevação de 235,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, contribuindo para uma alta de 250,5% no acumulado dos últimos 12 meses (67.299 unidades).
Foram vendidas 8.788 imóveis no último trimestre móvel, o que representa alta de 46,4% em relação ao mesmo período de 2021, e 29.135 unidades, nos últimos 12 meses, crescimento de 26,8% em comparação aos 12 meses anteriores.