Juros altos: qual o impacto da taxa Selic em sua vida? (entenda!) - Notícias Concursos

Juros altos: qual o impacto da taxa Selic em sua vida? (entenda!)

Banco Central procura conter a inflação

No início de fevereiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu novamente, para definir a taxa de juros básica da economia brasileira, também chamada de Selic. Durante o encontro, a entidade decidiu continuar com o índice de 13,75% ao ano, média que se mantém desde agosto de 2022.

Empresários de todo o país, e até o presidente Lula, criticaram a manutenção do índice da taxa Selic, por considerá-la bastante alta. Os juros básicos da economia nacional estão em seu maior valor desde novembro de 2016, o que pode causar uma desaceleração da economia brasileira como um todo.

Todavia, muitos brasileiros não sabem o impacto dos juros altos em sua vida. A decisão do Copom de aumentar a taxa Selic se deve ao fato de que com a crise causada pela Pandemia da Covid-19, a inflação atingiu patamares elevados, e para frear o aumento do preço dos produtos e serviços, foi necessário aumentar os juros.

Com a alta da inflação, e o aumento da Selic, ficou mais difícil para os cidadãos manter alguns hábitos de consumo. A alta da taxa dos juros, procura reduzir essa pressão inflacionária, visto que é uma estratégia do Banco Central, que acaba por reduzir exponencialmente a atividade econômica do país.

Impacto da taxa Selic

A contenção dos índices inflacionários traz inúmeros benefícios para o país. Podemos citar como exemplo, uma economia mais previsível, um crescimento econômico sustentável, maior distribuição de renda, e investimentos estrangeiros. O Banco Central ano passado aumentou o juros 12 vezes para reduzir a alta de preços.

A princípio, a ação do Banco Central não fez com que a inflação ficasse na meta estipulada pelo governo. No entanto, houve uma redução significativa, de forma que em 2023 esperava-se uma redução da taxa Selic logo no início do ano. Estima-se que o índice da inflação em 2023 fique em 3,25%.

Desse modo, a taxa de juros elevada, faz com que os juros em geral, de todo o país, também fiquem altos. Analogamente, isso faz com que a aquisição de empréstimos fique um pouco mais cara. Isso se deve ao fato de que as instituições financeiras, utilizam a taxa Selic como base para suas cobranças.

Para se ter uma ideia, em 2022, os bancos estavam cobrando juros em média, de 42% ao ano, um aumento de 8,2 pontos em relação a 2021. O impacto da alta dos juros recai também em outras questões, como as compras parceladas, que podem prejudicar a aquisição de produtos e serviços pelos trabalhadores brasileiros.

O que fazer com os juros altos

Como os juros relativos aos parcelamentos do pagamento de produtos e serviços por parte dos trabalhadores brasileiros ficaram mais altos, há um grande aumento na inadimplência, e no endividamento do cidadão. De fato, ano passado, houve um número recorde de pessoas negativadas em todo o país.

Para que o cidadão consiga reduzir a pressão de juros altos sobre seu orçamento familiar, é necessário observar algumas questões. Deve-se procurar, na hora de adquirir um produto ou serviço, por promoções e descontos, principalmente na compra de alimentos e de itens básicos, economizando um pouco.

Em síntese, é preciso fazer um planejamento financeiro, organizar seus recebíveis e despesas. É necessário saber o quanto ganha, e o comprometimento de sua renda com cada despesa, para observar o quadro geral de seu orçamento. Pode-se deixar uma compra mais cara para depois, tendo em vista a redução dos juros.

Crítica ao Banco Central 

A taxa de juros atual do Brasil é considerada a maior do mundo. O presidente Lula criticou na última segunda-feira (6/02), afirmando que o Brasil possui uma cultura de juros altos. O fato é que o Copom é independente do governo federal, o que significa que não há interferência em suas decisões sobre a Selic.

Em conclusão, o presidente diz que o empresariado brasileiro deve aprender a reclamar do Banco Central. De fato, os juros a 13,75% tem desagradado vários setores da economia nacional. A maior crítica é a de que o índice dificulta a aquisição de crédito para empresas e pessoas físicas, e desacelera a economia. 

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