A interrupção do Auxílio Emergencial entre os meses de janeiro e abril deste ano não prejudicou muito a economia do país. Quem está dizendo isso é o próprio Banco Central (BC) em um boletim regional que passou por divulgação ainda nesta quinta-feira (27).
De acordo com essas informações, o país conseguiu resistir bem ao fim provisório do programa e ao aumento dos casos de coronavírus. Como se sabe, o primeiro trimestre foi particularmente difícil para o país neste sentido. Mais de 450 mil pessoas morreram desde o início da pandemia até aqui.
No entanto, o BC afirma que os resultados econômicos são melhores do que se podia imaginar. “Em síntese, a evolução da atividade econômica no primeiro trimestre surpreendeu positivamente, apesar dos impactos do fim do auxílio emergencial e do aumento dos casos da Covid-19”, diz o documento.
Esse mesmo ofício afirma que há um certo otimismo no ar para os próximos meses. E tudo justamente por causa do retorno do benefício em questão. É que os técnicos do BC acreditam que com o dinheiro no bolso das pessoas, a economia tende a melhorar ainda mais.
No geral, o documento afirma que a economia do país começou melhor do que qualquer período do ano passado, quando o Governo Federal chegou a pagar parcelas de R$ 600 no Auxílio Emergencial. No entanto, essa posição do BC causou polêmica nas redes.
Nas redes sociais, muita gente não perdoou a postura do Banco Central ao dizer que a economia melhorou mesmo com a interrupção do Auxílio Emergencial. “Melhorou para quem?”, questionou uma usuária do Twitter. “Eu minha família quase passamos fome nesse tempo”, disse ela.
Outro internauta também criticou o BC. “Essa é a prova de que a economia do Brasil trabalha para os ricos. Se as contas estão boas para eles, então tá tudo bem para todo mundo? Não está bem. As pessoas estão passando fome”, criticou esse usuário do Twitter.
No entanto, algumas pessoas aproveitaram o assunto para elogiar o trabalho do Presidente Jair Bolsonaro. “Guedes e Bolsonaro estão fazendo um grande trabalho com a nossa economia. E isso mesmo com muita gente torcendo contra”, disse ele.
O Governo Federal começou os pagamentos do novo Auxílio Emergencial ainda no último ano. Os repasses começaram com valores de R$ 600 e R$ 1200. Logo depois, o benefício virou uma espécie de residual. Entre os meses de setembro e dezembro, o Planalto passou a pagar parcelas de R$ 300 para menos gente.
Entre os meses de janeiro e março de 2021, o Governo decidiu parar os pagamentos. E a promessa da cúpula governista era de que o programa não iria voltar por uma questão de respeito com as contas públicas. No entanto, o projeto voltou em abril pagando quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.
Neste momento o futuro do Auxílio Emergencial é incerto. Parte do Governo não quer prorrogar o benefício. Outra parte no entanto acredita que isto é extremamente necessário. O Planalto ainda não bateu o martelo sobre esta decisão.