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Inteligência Artificial (IA) pode aumentar ao invés de reduzir postos de trabalho (Entenda!)

Um Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentou recentemente dados sobre o impacto de ferramentas como o ChatGPT de inteligência artificial (IA) sobre o mercado de trabalho. Todavia, o levantamento obteve informações a respeito da quantidade e qualidade dos empregos e os riscos sobre a automação.

Ademais, o relatório apresentado aponta que as mulheres são as que podem mais sofrer com essa automação de processos, utilizando ferramentas tecnológicas como a inteligência artificial do ChatGPT. Para especialistas, é necessário que haja um melhor gerenciamento da difusão dessas ferramentas baseadas em alta tecnologia.

Desse modo, a análise global da OIT afirma que provavelmente a maioria dos empregos e das indústrias serão complementadas e não substituídas pelas ferramentas de inteligência artificial. Os chatbots que utilizam essa tecnologia, deverão em um futuro próximo auxiliar os profissionais em suas atividades.

Isso quer dizer que as ferramentas tecnológicas não irão tomar o lugar dos profissionais, como se previa. Pelo menos é o que o levantamento da OIT sugere. Segundo o relatório apresentado recentemente, os efeitos potenciais da utilização de robôs de inteligência artificial irão gerar benefícios na atuação dos profissionais.

Inteligência artificial complementar

Dessa maneira, convém observar que os riscos de automação de atividades humanas é bastante baixo. O impacto direto sobre a qualidade dos empregos está relacionado a questões como intensidade e autonomia. O trabalho de escritório, segundo o relatório, é o setor que apresenta a maior exposição tecnológica.

Enfim, a utilização de tecnologia nos escritórios está presente em cerca de um quarto das atividades, ou seja, há uma grande exposição dos profissionais, neste sentido. Mais da metade das tarefas nas organizações apresentam um nível médio de exposição à digitalização de processos, utilizando ferramentas tecnológicas.

A princípio, em relação a diferentes atividades profissionais, o relatório indicou que entre gerentes, profissionais e técnicos, apenas uma parte estava altamente exposta à tecnologia. Um quarto deles realizava tarefas com um nível de exposição médio.

Inteligência Artificial no trabalho/Fonte: pixabay

Lacunas tecnológicas

De acordo com a pesquisa global da OIT, há diferenças expressivas nos efeitos de ferramentas como a inteligência artificial entre os países. Isso se deve ao fato de que as nações apresentam níveis de desenvolvimento diferenciados. De fato, elas estão ligadas a estruturas econômicas atuais, e apresentam lacunas tecnológicas.

Aliás, de acordo com o relatório da OIT, 5,5% dos postos de trabalho em economias mais desenvolvidas, possuem uma exposição expressiva relacionada à automação tecnológica. Nos países ainda em desenvolvimento, o risco é exponencialmente menor, chegando ao patamar de 0,4% do mercado de trabalho nestas nações.

O levantamento traz informações importantes sobre a relação entre gêneros. É preciso observar que no caso das mulheres, elas possuem duas vezes mais chance de a automação relativa a tecnologias como inteligência artificial as afetar. Uma das razões para isso é a de que elas estão mais presentes em cargos administrativos.

Dessa forma, em um processo onde os países se desenvolvem economicamente, pode acontecer de a inteligência artificial generativa ser utilizada em postos administrativos inexistentes em nações em desenvolvimento. A tecnologia deverá, no entanto, gerar impactos socioeconômicos, de acordo com a sua difusão.

Sugestão da OIT

Em síntese, a OIT sugere que se criem políticas em busca de um maior ordenamento relacionado à transição tecnológica, sobre a inteligência artificial. Para ela, deve ser justa, e baseada em consultas. Os autores do relatório da OIT afirmam ainda, que, “os resultados da transição tecnológica não são pré-determinados”.

Anfim, eles dizem que são os humanos que estão por trás da decisão de incorporar tais tecnologias e são os humanos que precisam guiar o processo de transição. Portanto, a OIT, que é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que a inteligência artificial generativa, como o ChatGPT e o Bard, será benéfica.

Vale ressaltar que o estudo da OIT, “IA generativa e empregos: uma análise global dos efeitos potenciais sobre a quantidade e a qualidade do emprego”, afirma que a tendência é de que as ferramentas que utilizam inteligência artificial generativa, acabem por apresentar uma aceleração da produtividade dos trabalhadores.

Em conclusão, a utilização da inteligência artificial nas organizações empresariais deverá, na realidade, ser positiva e não reduzir os postos de trabalho, como se pensava. Neste sentido, os setores produtivos globais estarão expostos à automação de maneira parcial, e haverá um complemento e não substituição.