O Carrefour anunciou nesta semana a inauguração de duas lojas sem atendentes humanos. A empresa é a primeira grande rede varejista a apostar nesse modelo cujo funcionamento já está acontecendo em diversos pontos da capital de São Paulo.
Segundo especialistas, o caixa é um dos principais problemas dos consumidores, seguido da demora no atendimento e o tempo perdido nas filas. Todos esses fatores servem como um sinal para a mudança, pois não agregam nenhum valor para as empresas.
Embora o processo ainda esteja em fase de testes, tudo indica que num futuro próximo todas as demais empresas não só no Brasil, mas em todo o mundo, vão a aderir a esse novo modelo tecnológico de consumo.
Os objetivos do Carrefour e a preocupação com a segurança
Em meio a polêmicas em relação à segurança das lojas, o Carrefour aposta em pontos de compra autônomos equipadas com ferramentas de segurança digital visando diminuir as chances de fraudes.
A novidade possui três principais objetivos:
- tonar a companhia mais próxima ao cliente
- entregar mais conforto, segurança e comodidade
- oferecer uma experiência de consumo sofisticada
A identificação do cliente e o controle de entrada e saída da loja são realizados por meio do aplicativo “Meu Carrefour”. A varejista aposta na confiança dos clientes por meio da tecnologia artificial.
Como funciona a experiência de compra sem atendentes humanos no Carrefour?
Para realizar compras nas lojas autônomas, o cliente precisa baixar e criar uma conta no aplicativo “Meu Carrefour”.
Com o aplicativo instalado no celular, basta acessar a opção “Scan & Go” e aproximar o QR code que é exibido da catraca do estabelecimento. Para aparecer no carrinho virtual, os produtos escolhidos precisam ser escaneados pelo celular.
Outro ponto interessante é a possibilidade de visualizar em tempo real o valor da compra realizada. O pagamento é feito com cartão de crédito e antes de sair do local é necessário também utilizar um QR code para liberação da porta.
O Carrefour está na frente das outras empresas?
Segundo o diretor de inovação do Carrefour, Luiz Rufino, a transformação digital tem sido um dos pilares da companhia. O ponto central é trazer por meio das novas tecnologias mais fluidez, conforto e sofisticação, criando uma relação mais próxima com os clientes.
O fato é que embora a tecnologia consiga agregar valor, não é possível afirmar com todas as letras quais serão as consequências desse processo.
A inteligência artificial ainda é um ponto sobre o qual muitas empresas aqui no Brasil observam com bastante cautela. Existe receio por parte de alguns varejistas, pois o segmento é muito recente.
A estratégia baseada no progresso tecnológico é ainda o ponto para o qual nem todos estão preparados.
As transformações causadas por todas essas novas maneiras de consumir e o impacto gerado pelo novo modelo são as grandes tendências do mundo atual.
Ainda segundo o diretor, um país com as dimensões do Brasil traz grandes desafios no quesito inovação, mas afirma que toda a estrutura foi devidamente preparada para funcionar da melhor forma possível.