Tecnologia

Instagram anuncia novas ferramentas de controle parental

A Meta, nova marca do conglomerado Facebook, anunciou novidades para que pais possam ter maior controle sobre o consumo de seus filhos no Instagram. As ferramentas surgem meses depois de vazarem estudo internos da rede social que mostravam que parte de seu público adolescente se sentia pior ao acessar o Instagram – apesar de executivos da companhia, incluindo Mark Zuckerberg, defenderem o contrário.

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As ferramentas voltadas para pais e tutores devem ser lançadas em março de 2022, junto com um novo centro educacional para pais e responsáveis. A expectativa é que os adultos poderão ver quanto tempo seus filhos adolescentes passam no Instagram e definir alguns limites de tempo. Também haverá uma opção para que os adolescentes notifiquem seus pais quando denunciarem alguém, dando aos pais a oportunidade de falar sobre isso com eles. 

Já o novo centro educacional será dedicado exclusivamente a pais e responsáveis, onde eles poderão encontrar recursos adicionais, como tutoriais de produtos e dicas de especialistas, para ajudá-los a conversar sobre o uso da rede social com seus filhos adolescentes. 

Segundo o Instagram, a medida é uma forma de manter os adolescentes seguros ao usarem a rede social. A empresa destaca que continuarão realizando pesquisas, consultando especialistas e testando novas maneiras de proporcionar uma experiência melhor aos jovens. Mais tecnologias de controle parental podem ser desenvolvidas. 

Ferramentas para adolescentes

Um recurso que já está disponível nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Austrália é o “Fazer uma Pausa” – que deve ser lançado para todos os usuários globais no início do próximo ano. A intenção é dar mais informações para o usuário de como ele passa seu tempo no Instagram.

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Por isso, se uma pessoa estiver navegando na plataforma por um determinado período de tempo, o Instagram vai pedir que ele faça uma pausa e sugerir que defina lembretes para fazer mais pausas futuramente. A rede social também diz que mostrará dicas de especialistas para ajudá-la a refletir mais sobre o tempo que está passando conectada. 

O Instagram também diz que está testando uma nova experiência para que os adolescentes possam controlar melhor sua pegada digital na rede social. Uma primeira mudança é a possibilidade de excluir vários conteúdos que postaram, como fotos e vídeos, de uma só vez, assim como curtidas e comentários anteriores. 

Embora disponível para todos, o Instagram defende que esta ferramenta ajudará especialmente os adolescentes a entenderem melhor quais informações eles compartilharam no Instagram, o que é visível para os outros e a gerenciar sua pegada digital mais facilmente. Esta nova experiência estará disponível para todos a partir de janeiro. 

Por fim, outras ações do Instagram serão: 

  • Impedir que as pessoas marquem ou mencionem adolescentes que não os seguem;
  • Maior rigidez sobre as recomendações aos adolescentes nas superfícies de Pesquisa, Explorar, Hashtags e Contas Sugeridas;
  • Direcionar os adolescentes para tópicos diferentes se eles ficarem passarem muito tempo consumindo um mesmo tópico.

Resposta a críticas?

As ferramentas que o Instagram anunciou podem ser vistas como uma resposta às críticas que recebeu recentemente. Em setembro, o Wall Street Journal revelou que pesquisas internas do Facebook, datadas de março de 2020, mostram que “32% das garotas afirmam que, quando se sentem mal com seu corpo, o Instagram as faz se sentirem pior”.

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O dado é importante porque os executivos da Meta defendem que a rede social é boa para os adolescentes. Essa defesa ocorre porque 40% dos usuários do Instagram nos Estados Unidos têm menos de 22 anos, segundo o jornal. Inclusive, o Instagram é a porta de acesso da Meta a este público, já que a maioria não gosta do Facebook. 

Um desses estudos internos da Meta também descobriu que mais de 40% das jovens britânicas e norte-americanas que se consideravam pouco atraentes começaram a se sentir assim ao acessar o Instagram. Entre os meninos, os dados são de 14%. Apesar de se sentirem assim, os adolescentes não deixam ou não conseguem deixar de usar a rede social. 

Uma das sugestões dadas pelos pesquisadores, ainda de acordo com o Wall Street Journal, era reduzir a exposição de adolescentes a fotos de famosas, produtos de beleza e moda e ampliasse o conteúdo de amigos próximos. Mas, segundo o jornal El País, o principal problema para a Meta é os adolescentes dizerem que o Instagram é um risco, enquanto TikTok e Snapchat, redes sociais que seguem outro tipo de conteúdo, são melhores.