O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve retomar nesta semana os pagamentos de aposentadorias, pensões e auxílios previdenciários. De acordo com as informações oficiais, o saldo começa a ser pago já a partir da próxima sexta-feira (23).
Inicialmente, as liberações serão feitas para as pessoas que recebem um salário mínimo, ou seja, o piso previdenciário nacional no valor de R$ 1.412. Os pagamentos seguem até o dia 7 de março e o cidadão deve se basear no final do cartão do benefício, sem considerar o último dígito verificador, que fica depois do traço.
Atualmente, o INSS faz pagamentos de aposentadorias, pensões e auxílios para mais de 39 milhões de brasileiros. Destes, 33,3 milhões são benefícios previdenciários, e outros 5,6 milhões são assistenciais, como é o caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Assim como aconteceu nos meses anteriores, os repasses serão feitos em dois calendários. O primeiro deles é voltado para as pessoas que recebem o salário mínimo de R$ 1.412. Veja no calendário abaixo:
O outro calendário é voltado para as pessoas que recebem qualquer valor acima de um salário mínimo, ou seja, acima de R$ 1.412. Veja abaixo:
Quando tomou posse em Brasília, no dia 1 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi claro ao prometer zerar a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até o final daquele ano. A promessa, no entanto, não foi cumprida. Em dezembro, mais de 1,5 milhão de pessoas seguiam nesta situação.
Mais de um ano depois da promessa de Lula, o governo federal parece ter adaptado a meta. Agora, o objetivo não é mais zerar a fila, mas diminuir o tempo de espera. Ao menos foi o que disse o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em conversa com jornalistas recentemente.
O problema da fila não é ter 1 milhão, 2 milhões ou 3 milhões esperando, mas que a gente possa atender as pessoas rápido. O nosso desafio, ainda que tenha 2 milhões de pessoas esperando, é que elas não esperem mais do que 30 dias”, afirmou Stefanutto.
“Quando se fala zerar fila, o que você quer falar na verdade é que nós vamos ter um tempo de atendimento razoável para que a pessoa tenha a sua necessidade suprida”, seguiu ele.
Stefanutto também argumentou que o presidente Lula não teria sido bem interpretado ao falar que acabaria com a fila de espera do INSS até o final deste ano.
Em entrevista recente, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), também falou sobre o processo de redução da fila de espera. Em declaração polêmica, ele chegou a dizer que a fila de espera “nunca vai acabar”, e que a pessoa que diz que é possível acabar com a lista está “mentindo”.
Contudo, Lupi deixou claro que vai trabalhar para reduzir o tempo de espera médio para receber o benefício que, por lei, deve ser de 45 dias, no máximo. Para o ministro, será possível reduzir a média para 30 dias até o final do ano.
“Todo mês entram 900 mil pedidos, 1 milhão de pedidos novos, então todo mês terão pelo menos de 900 mil a 1 milhão de pessoas pedindo e ninguém resolve assim, tem que conferir documento, tem que ser justo”, afirmou.