Diante o reajuste do salário mínimo em 2022, os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), terão seus valores corrigidos. Desta forma, os pagamentos devem variar de 1.169 a R$ 6.843, conforme a categoria do abono.
O Governo Federal enviou ao Congresso Nacional no fim de agosto, o Projeto de Lei Orçamentária de 2022. De acordo com o texto, o valor do salário mínimo no ano que vem passará de R$ 1.100 para R$ 1.169.
Se esse valor for realmente aplicado como piso nacional no próximo ano, será a terceira vez que o reajuste não trará ganhos reais aos trabalhadores. Neste sentido, não ultrapassará a inflação, mas manterá o poder de compra.
Todavia, vale ressaltar que a inflação continua se ampliando, podendo ficar ainda maior no fim deste ano. Logo, essa possibilidade será prejudicial a muitas famílias brasileiras, principalmente as mais vulneráveis.
O salário mínimo é utilizado como base de pagamento para diversos benefícios previdenciários e trabalhistas. Em razão disso, a sua correção altera o valor teto e salário piso do INSS. Sendo assim, o reajuste impacta cerca de 50 milhões de brasileiros, dos quais 24 milhões estão vinculados ao Instituto.
Abonos como o auxílio doença, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Seguro-desemprego e o PIS/PASEP são alguns exemplos que tem o piso nacional como base de cálculo.
Atualmente, o valor máximo que pode ser repassado pelo INSS é de R$ 6.433,57. Neste caso, se o piso nacional de 2022 for definido em R$ 1.169, como foi proposto pelo Governo Federal, o valor passará para R$ 6.832,45.
A correção no teto do INSS é decorrente ao reajuste de 6,2% da inflação, indicada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Este ano, a previsão já foi alterada de 4,3% para 6,2%.
Contudo, esse percentual ainda pode ser modificado, visto que a inflação está em constante crescimento. Considerando uma faixa de 7%, o salário mínimo de 2022 poderia ser elevado para R$ 1.177, sendo a mensalidade piso do INSS e, R$ 6.883,91 o teto.