Recentemente, o atual presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Glauco Fonseca Wamburg, falou sobre possível concurso no órgão. De acordo com ele, o Instituto tem grande necessidade de repor o quadro de servidores.
Durante entrevista, o presidente do INSS comentou sobre a autorização para a abertura de um novo edital. Além disso, ele relembrou a convocação de candidatos excedentes aprovados na última seleção.
Segundo Wamburg, o INSS possui o objetivo de convocar mais 250 candidatos que fazem parte do cadastro de reserva de seu último edital. Nesse sentido, o órgão, inclusive, já enviou uma solicitação ao Ministério da Previdência Social e ao Ministério da Gestão e Inovação, com a finalidade de aumentar a lista de nomeações.
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Ademais, o presidente da instituição, também pontuou que fez uma nova solicitação para processo seletivo.
O documento com pedido de novo concurso para o INSS conta com a oferta de 7.655 novas vagas, sendo elas:
Contudo, Wamburg pontuou que o Instituto deixou bem claro a sua necessidade na contratação de novos analistas, cargo de nível superior. A expectativa é de que ocorra a abertura de cerca de 1.600 vagas para a carreira em breve.
A solicitação da liberação de um novo concurso, principalmente com prioridade para o nível superior, se mostra coerente com as últimas autorizações da pasta comandada pela ministra Esther Dweck. Isto é, que vem autorizando editais federais, principalmente, para funções que necessitam de nível superior.
De acordo com o atual presidente do INSS, a realização de um novo concurso se torna necessário em razão do órgão ter perdido cerca de 50% do seu quadro de servidores dentro dos últimos dez anos. Atualmente, a instituição conta com 19,3 mil funcionários, já com o acréscimo dos quase mil candidatos empossados recentemente.
“A gente vem perdendo servidores para a aposentadoria sem uma reposição compatível com o número dos que saem. A necessidade está evidenciada. Os caminhos administrativos necessários a que novos servidores sejam admitidos também já foram estartados pelo INSS e a gente aguarda a análise dos órgãos que têm competência“, destacou Wamburg em entrevista concedida ao Extra.
Ainda segundo Wamburg, os candidatos aprovados no último processo seletivo do INSS seriam convocados até a última sexta-feira, 23 de junho. Nesse sentido, inclusive, cerca de 664 pessoas já se encontravam com seus exames admissionais feitos ou agendados.
“Temos quase a integralidade dos exames agendados ou já feitos, faltando uma pequena minoria que talvez não tenha apresentado os documentos. Há uma expectativa de que não tenhamos nenhuma dificuldade e que dentro do prazo legal os novos mil servidores ingressem nos quadros do INSS“, relatou
Assim, para serem feitos, os exames necessitam de serem agendados na Gerência Executiva (GEX) na qual o candidato nomeado se apresentou.
Para o atendimento será necessária a apresentação do formulário Subsistema Integrado de Ação à Saúde do Servidor (SIASS) devidamente preenchido e com assinatura do candidato, exames e laudos médicos.
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Todos os que se classificaram e tiveram seus nomes publicados em edição do Diário Oficial da União do último dia 14 de junho, deverão se apresentar na GEX selecionada, no momento da inscrição, até o prazo limite de 13 de julho. Caso passe o prazo, contudo, a nomeação não terá mais efeito.
Confira todos os exames que os candidatos do último concurso do INSS devem apresentar, abaixo.
Exames laboratoriais
Raio X de Tórax
Exames cardiológicos
Avaliação psiquiátrica
É importante pontuar que, de acordo com o INSS, é possível que aconteça a solicitação de outros exames durante a realização da perícia médica.
Assim, os candidatos contratados contarão com uma remuneração inicial de até R$5.905,79 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Ao todo, o concurso para o Instituto Nacional do Seguro Social contou com mil vagas imediatas para a carreira de técnico do seguro social, função que possui a exigência de nível médio completo.
Após os últimos governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, o serviço público federal acabou sofrendo impactos pelo desmonte proposto durante suas gestões. Isto é, visto que houve uma retração de cerca de 150 mil servidores dentro dos últimos seis anos.
O resultado do número eficiente de funcionários públicos acaba atingindo diversas áreas essenciais para o funcionamento do país. Por exemplo, como saúde, educação, segurança e previdência, além da ausência de fiscalização em diversos setores, como o ambiental.
Se tratando do INSS, geralmente, aqueles que mais sofrem com a situação é a parcela mais vulnerável socioeconomicamente do país, que dependem desses serviços já que não possuem recursos para pagar por saúde ou outros serviços essenciais. Assim, precisam dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social.
No entanto, muitos desses cidadãos passam um longo período aguardando a concessão de seus benefícios.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), em dezembro de 2022, o tempo de espera para conseguir um atendimento para solicitar benefícios, como o auxílio-acidente, invalidez e pensão por morte, chegavam a 122 dias. Contudo, este prazo deveria ser de, no máximo, 45 dias.
Outro ponto que favorece a ocorrência de atrasos é a ausência de médicos peritos no instituto, já que o número é insuficiente para dar vazão ao fluxo de atendimentos solicitados.
Portanto, a baixa quantidade de servidores no órgão afeta diretamente toda a população brasileira. Dessa forma, um novo concurso público poderá ser muito positivo para milhões de cidadãos.