A nova projeção da inflação deste ano ultrapassa os 10%. Caso seja confirmada, o salário mínimo de 2022 será o maior desde 2016, quando o piso foi reajustado em 11,6%. Consequentemente, os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por exemplo, também serão corrigidos.
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Caso o aumento de 10% da inflação seja confirmado, o salário mínimo passará de R$ 1.100 para R$ 1.210. Embora tenha um acréscimo considerável, o reajuste não trará ganhos reais, já que será corrigido apenas pelo índice inflacionário.
Vale ressaltar que o reajuste no piso nacional é uma exigência instituída pela Constituição. Todavia, para ao menos garantir o poder de compra por parte dos trabalhadores e beneficiários. Desta forma, a alteração deve ser realizada anualmente, a fim do alinhamento proporcional.
Desde o início do governo Bolsonaro, o salário mínimo é corrigido conforme o acumulo da inflação. Ou seja, de acordo com o percentual calculado no ano anterior.
Trabalhadores demitidos sem justa causa costumam ser contemplados com o benefício assistencial do seguro desemprego. Ele é pago entre três a cinco parcelas com um valor definido de acordo com os três últimos salários recebidos pelo cidadão dispensado.
Em síntese, o seguro desemprego também é baseado no piso nacional, uma vez que não pode conceder uma quantia inferior. Logo, há grandes chances de o trabalhador receber, no mínimo, R$ 1.200 em 2022.
O abono salarial PIS/Pasep é um benefício concedido ao trabalhador com carteira assinada todos os anos. Ele é distribuído conforme a data de nascimento ou o Número de Identificação Social (NIS) para funcionários da iniciativa privada e de âmbitos públicos, respectivamente.
O valor do abono é calculado de acordo com o salário mínimo em vigência, sendo ele a quantia limite que pode ser repassada. Para isso, é preciso verificar quantos meses o cidadão trabalhou com carteira assinada no ano-base.
Sendo assim, se o trabalhador tiver prestado serviços no regime CLT durante 12 meses, ele terá o direito de receber o abono em seu valor integral. Logo, no próximo ano ele terá R$ 1.200 em mãos. Confira as proporções:
De acordo com especialistas, o aumento no preço dos combustíveis bem como da energia elétrica e de produtos alimentícios, estão entre as categorias que mais foram impactadas com a elevação constante da inflação.
Além disso, é necessário ressaltar a disparada do dólar, que reflete diretamente nos aumentos desses elementos. Acontece que a moeda passou dos 29,33% em 2020 e até o momento acumula uma alta de 7%, chegando a mais de R$ 5,60.
Todavia, o maior problema com a elevação da inflação é o impacto causado na população mais carente, pois, embora esteja em situação de vulnerabilidade os valores não são reduzidos dependentemente das condições financeiras. Neste caso, se faz necessário a implementação de políticas públicas voltadas para o apoio dessas famílias.