Impulsionada pelo aumento da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, registrou o maior valor para maio de 2021 do que nos últimos 25 anos. Ou seja, altas superiores não aconteciam desde 1996.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O que mais pesou para o resultado da inflação do mês de maio de 2021 foi a alta na energia elétrica (5,37% no geral, com impacto de 0,23% no resultado final).
Este aumento pode ser explicado devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 1 na conta de luz de maio. Em outras palavras, para cada 100 quilowatts-hora consumidos, além da cobrança comum, mais R$ 4,169 seriam embutidos. Entenda mais desta cobrança aqui.
Além disso, outra alta na inflação se deve a reajustes na conta de luz no final de abril em diversas regiões do Brasil.
Já entre os itens que ficaram mais caro estão:
“Esse resultado do mês tem muito a ver com os monitorados, principalmente energia elétrica e combustíveis”, afirmou ao G1, o gerente da pesquisa Pedro Kislanov.
Apesar de não ser o alimento que registrou o maior percentual de inflação, o preço da carne disparou 38% nos últimos 12 meses.
“O que tem pesado no caso das carnes é o aumento das exportações, que pesou bastante no ano passado, sobretudo para o mercado chinês, e o aumento dos custos de produção, porque alguns insumos fundamentais para a ração, como a soja e o milho, tiveram grande valorização no mercado internacional, o que reflete no preço para o consumidor final”, analisou o pesquisador sobre a inflação sobre a carne.
Ainda no acumulado de 12 meses, itens comuns na mesa do brasileiro também cresceram significativamente, com destaque para o óleo de soja (86,87%), feijão fradinho (58,04%) e arroz (51,83%).
Todos os nove indicadores tiveram alta no mês de maio, com destaque para habitação; artigos de residência e transporte. Veja todos os resultados abaixo.