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Inflação e diminuição do auxílio derrubam vendas nos supermercados

A redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 já impactou empresas de supermercados

Os supermercados já estão sentindo o impacto da disparada da inflação dos alimentos e a diminuição no pagamento do auxílio emergencial. O programa recebido por 65 milhões de brasileiros é reduzido de R$ 600 para R$ 300 a partir da sexta parcela. Nas últimas semanas, as redes de atacarejos já reduziram suas vendas em até 10%.

“Este mês todo mundo está chiando porque a venda caiu muito”, afirmou Omar Assaf, diretor de mercado da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Essa diminuição já era esperada com a redução do auxílio emergencial para R$ 300. Mas a queda ficou ainda mais forte com o aumento nos preços dos alimentos, que ainda continua.

A prévia da inflação de outubro, que é pedida pelo Índice de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), era de 0,94%. O resultado é mais que o dobro da inflação de setembro e representa a maior alta para outubro em 25 anos. A comida é responsável pela metade da inflação ao consumidor. O aumento foi puxado especialmente pela carne bovina, com +4,83%, óleo de soja, +22,34%, arroz, +18,48%, e leite longa vida, +4,26%.

De acordo com pesquisa da Apas, houve pico de vendas nos supermercados em maio, quando os brasileiros fizeram grandes compras para abastecer a despensa e estocar alimentos durante a fase mais forte de isolamento social.