Você sabia que existe um indicador específico que mede a inflação do aluguel? É o chamado Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Os resultados divulgados nesta semana chamam atenção: apesar de ter reduzido 0,64% em setembro, a alta acumulada dos últimos 12 meses ainda é de 24,86%.
Na realidade, em agosto a alta foi de 0,66%, ou seja, basicamente a queda da inflação do aluguel praticamente anulou o aumento, mas não impactou para uma redução significativa.
A deflação do IGP-M em setembro é explicada principalmente pelo recuo do preço do minério de ferro. “A queda de 21,74% registrada no preço desta commodity foi a principal contribuição para o resultado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro”, disse para o G1, André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Por conta dos índices acima da inflação oficial e de outros indicadores, o setor de locação tem abandonado o IGP-M. Isso pode acontecer quando há negociação entre o proprietário e inquilino, porque a lei autoriza a aplicação IGP-M integral.
O IGP-M é um dos motivos que pode fazer o preço do aluguel subir, por isso, uma opção é negociar o indicador logo no contrato. Algumas imobiliárias estão aceitando que o reajuste seja feito pelo IPCA – inflação oficial do Brasil.
Apesar de alta, a inflação do IPCA não atingiu ainda 10%, o que pode ser uma boa alternativa num cenário que o IGP-M está em 24,86%.