Conforme informações oficiais do BCB, o Banco Central do Brasil, os indicadores recentes da atividade econômica interna estão positivos. Apesar da intensidade da pandemia, continuam mostrando evolução mais positiva do que o esperado, no que diz respeito à inflação. Assim, implicando revisões relevantes nas projeções de crescimento para o ano.
Adicionalmente, a recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos, as medidas de preservação do emprego e da renda (como o programa BEm), o prognóstico de avanço da campanha de vacinação. Bem como, os elevados preços de commodities e os efeitos defasados do estímulo monetário indicam perspectivas favoráveis para a economia, de acordo com informações do próprio BCB.
Dessa forma, a projeção central para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 passou de 3,6% no Relatório de Inflação (RI) anterior para 4,6%.
No entanto, apesar da redução significativa dos riscos, a recuperação econômica ainda é incerta, dado o ritmo de crescimento.
A inflação ao consumidor surpreendeu novamente no trimestre encerrado em maio, situando-se 0,33 p.p. acima do cenário básico de Inflação anterior.
Sendo assim, conforme o relatório de inflação oficial indica, as expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 5,8%, 3,8% e 3,25, respectivamente.
De acordo com a reunião do Copom, foi decidido elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 4,25% a.a.
Uma vez que o Comitê entendeu que essa decisão reflete seu cenário básico, porém, é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022.
Todavia, o BCB reforça que essas informações visam não trazer prejuízo para o objetivo de estabilizar preços e fomentar empregos. Já que assim é alimentado o fluxo da economia.
Além disso, o Copom comunicou que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco. Porém, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento recente nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico.
Há uma perspectiva positiva, considerando a pandemia. Porém, essa expectativa depende da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação.