Pra quem esperava a recuperação da economia rapidamente, as notícias podem não ser boas, principalmente quanto a inflação 2021.
O mercado financeiro aumentou de 8,51% para 8,59% a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país. Há um mês a previsão era de 8%
Em outras palavras, os produtos vão continuar subindo e ficando mais caros, já a economia do Brasil deve crescer menos do que era esperado inicialmente.
Os resultados foram estimativas do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC).
Os dados para inflação chamam atenção, pela 27ª vez seguida há alta na perspectiva de inflação em 2021.
Os valores para 2022 e 2023 também foram corrigidos. Confira abaixo:
O valor de 8,51% previsto para inflação de 2021 é mais que o dobro da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional – um total de 3,75%. O valor não consegue alcançar sequer a tolerância da margem que é estipulada em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, com a margem a inflação poderia ficar em 2,25% ou 5,25%.
Desta forma, se a inflação de 2021 estimada pelo boletim Focus se concretizar, o presidente do Banco Central deverá fazer uma carta aberta para explicar a situação.
A inflação 2021 não é apenas um indicador econômico, mas afeta o dia a dia da população que deve conviver com a alta dos preços, enquanto o salário não aumenta, reduzindo assim o poder de compra final.
Como já dito, enquanto a inflação 2021 deve aumentar, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 5,04% para 2021. Os valores foram mantidos em comparação com a estimativa anterior.
O PIB é importante indicador e serve como um indicativo para retomada da economia. Ele mede, por exemplo, a produção de bens e serviços produzidos no país.
Com queda histórica de 4,1% em 2020, o PIB do Brasil saiu do ranking das 10 maiores economias do mundo.
Neste cenário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a admitir que os “barulhos políticos” atrapalham o cenário, ele também revelou o que achou sobre algumas das recentes falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Na ocasião, mesmo diante do cenário atual, o ministro continuou apostando na “retomada da economia em V”.