Povo muito importante na formação da história contemporânea do Brasil, a imigração japonesa iniciou-se no território brasileiro em 1908, com a chegada do primeiro navio japonês em Santos.
Por sua relevância, o tema pode surgir em provas de vestibulares de todo país, assim como no Enem. Por isso vale a pena ficar ligado no assunto, acompanhe!
Na segunda parte do século XIX, a Restauração Meiji, o Japão mudou sua ordem social, assim como a abertura para os hemisférios.
Por consequência, houve o aumento de impostos sobretudo aos camponeses, ocasionando o êxodo rural de milhares de pessoas que migraram para as cidades.
Do outro lado do mundo, o Brasil também passava por transformações, devido o fim do tráfico negreiro em 1850. Ou seja, como consequência houve o aumento no preço dos escravos, obrigando os fazendeiros a contratar imigrantes europeus para cobrir a falta de escravos.
Com a instauração da República no Brasil, a política de discriminação racial estava avassaladora. No entanto, os campos precisavam de mão-de-obra e por isso em 1892 foi aprovada a imigração de japoneses e chineses para o Brasil.
Além disso, buscou-se a abertura de embaixadas e a elaboração de tratados de comércio entre as nações.
Os japoneses ficaram interessados em estreitar a relação, assim sendo o embaixador Fukashi Sugimura assume o posto diplomático para avaliar as condições do país.
As avaliações foram as melhores possível, e o diplomata entrega um documento favorável a vinda de japoneses para o Brasil. Depois disso, a imigração de japoneses é entregue à empresas privadas.
A partir daí, uma grande publicidade foi feita para atrair imigrantes japoneses para o Brasil. Sobretudo, para trabalharem com café.
Logo no início do século XX, chega em São Paulo na cidade de Santos o primeiro navio de japoneses em 1908.
Os imigrantes que chegavam do Japão, assinavam contratos de trabalho com fazendeiros e caso não cumprissem o contrato, deveriam pagar multas altíssimas.
No entanto, rapidamente os japoneses perceberam que a realidade no território brasileiro era outra. E ao passo que os contratos iam chegando ao fim, muitos deles fugiam para as cidades como Minas Gerais e São Paulo, na esperança de terras mais baratas.
Nesse ínterim, o povo japonês consegue formar suas próprias lavouras e abrir negócios na cidade, conseguindo melhores condições de vida. Estima-se que quase 200 mil japoneses vieram para o Brasil, antes da Segunda Guerra.
A imigração japonesa no Brasil sofreu consequências devido a Segunda Guerra pois o Japão lutava ao lado do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e o Brasil apoiava os Aliados (EUA, Reino Unido, França e URSS).
Ademais, uma série de leis restritivas são impostas a comunidades japonesas. Dessa forma, houve o fechamento de escolas, associações, clubes e a proibição da bandeira japonesa em território brasileiro.
Por consequência, os japoneses tiveram suas relações comerciais prejudicadas, sendo proibidos de se reunirem, além de muitos terem suas bens e terras confiscadas.
Entretanto, os imigrantes continuaram a chegar no território brasileiro, principalmente até a década de 1970.
O povo japonês possui uma vasta cultura e introduziram na nossa os cultivos do chá por exemplo.
Além disso, houve o aperfeiçoamento do cultivo de batatas, tomate e arroz. Por um tempo, ficaram popularmente conhecidos como “Deuses da Agricultura”.
Ademais, os japoneses trouxeram religiões orientais para o Brasil como o budismo e xintoísmo, danças típicas e lutas como o judô e karatê.
Ao longo dos anos o Brasil tornou-se uma nação acolhedora, tanto que concentra a maior população de japoneses fora do Japão.
Além disso, possui o Museu Histórico da Imigração Japonesa do Brasil em São Paulo e o Museu da Colonização Agrícola do Paraná.
Por fim, muitas cidades têm concentrações de japoneses como o bairro da liberdade em São Paulo. Além de várias cidades do interior, principalmente na região Sudeste e Sul.
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