O Ibovespa disparou 1,69% nesta quarta-feira (1º), aos 115.059 pontos. O forte avanço foi motivado, principalmente, pela busca por ativos de risco, em dia de decisão dos bancos centrais dos EUA e do Brasil em relação aos juros.
Com isso, o Ibovespa iniciou o mês de novembro eliminando mais da metade da queda acumulada em outubro, de 2,94%. Embora este tenha sido apenas o primeiro pregão, os investidores estão torcendo pelo fortalecimento do indicador em novembro,
Vale destacar que, em agosto, o indicador caiu em 18 dos 23 pregões realizados. Naquele mês, o Ibovespa teve a maior sequência de quedas já registrada na história, recuando por 13 pregões consecutivos e acumulando perdas de 5,1% no mês. Isso mudou em setembro, quando o Ibovespa teve leve alta de 0,71%.
A propósito, o Ibovespa é o indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, a Bolsa Brasileira. Com o acréscimo do resultado desta quarta-feira (1º), o índice passou a acumular alta e 4,85% em 2023.
Na tarde de hoje (1º), o Fed anunciou sua nova decisão sobre a política monetária dos EUA. Em resumo, a entidade financeira manteve inalterada a taxa de juros de referência do país, no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano, assim como aconteceu nas últimas reuniões do banco.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), informou que o Fed poderá voltar a elevar os juros na última reunião de 2023, em dezembro. A propósito, o Fed levou em consideração diversos fatores econômicos para decidir manter os juros estáveis, como taxa de desemprego, crescimento da atividade econômica e inflação no país.
“Os ganhos no emprego foram moderados desde o início do ano, mas continuam fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada“, disse o Fomc no comunicado.
“O comitê procura atingir o nível máximo de emprego e levar a inflação à taxa de 2% a longo prazo“, acrescentou. Inclusive, o Fed levará em consideração os seguintes pontos para tomar decisões sobre os juros no Brasil:
Atualmente, a taxa de juros no país está no nível mais elevado em mais de duas décadas. Aliás, os investidores estão cada vez menos confiantes na manutenção dos juros em dezembro, e muitos já apostam no aumento dos juros no país.
Na sessão de hoje (1º), os investidores também ficaram atentos à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá os novos rumos da política monetária do Brasil.
A expectativa é que o Copom promova um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) dos juros no país, uma vez que a inflação vem desacelerando, ainda mais fortemente que o esperado pelo mercado nos últimos meses.
Atualmente, a taxa básica de juro do Brasil, a Selic, está em 12,75% ao ano. Caso o Copom realmente promova mais dois cortes de 0,50 p.p. até o final do ano, como os analistas esperam, os juros cairão para 11,75% ao ano.
A taxa ainda ficará elevada, mas 2,0 pontos percentuais abaixo do observado em julho. Isso já é um alívio para a economia brasileira, que perde força com os juros elevados, bem como para a população, que tem o seu poder de compra menos enfraquecido.
Na sessão de hoje (1º), 74 das 86 ações listadas no Ibovespa fecharam o dia em alta, impulsionando o indicador e refletindo a caçada aos ativos de risco. Apenas 10 papeis fecharam o pregão em queda, enquanto dois se mantiveram estáveis.
A carteira teórica mais famosa do país movimentou R$ 19,9 bilhões na sessão, levemente acima da média dos últimos 12 meses. Neste ano, o menor montante mensal foi registrado em setembro e outubro, que tiveram média de R$ 16,1 bilhões.
De modo diferente, o valor mais elevado foi registrado em junho, quando a média diária de giro financeiro no Ibovespa chegou a R$ 21,1 bilhões.
Na sessão de hoje (1º), as ações que tiveram os maiores avanços percentuais, entre as poucas que subiram, foram:
Em contrapartida, os papeis com as quedas mais intensas do dia tiveram variações bem mais expressivas, puxando o Ibovespa para baixo. Veja abaixo quais foram as ações:
Por fim, cabe salientar que os acionistas preferenciais não têm qualquer controle ou poder de decisão sobre o futuro da empresa. No entanto, os acionistas ordinários podem exercer algum controle sobre a empresa.