O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou através de levantamento que 4 em cada 10 alunos que se formam no ensino médio não continuam os estudos.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Educação 2019 revelam que estudantes têm como principal motivo a necessidade de parar de estudar para trabalhar após o ensino médio.
A pesquisa aponta ainda que o ensino superior no Brasil é majoritariamente privado, assim, apenas 26,3% dos estudantes de graduação estão matriculados em instituições públicas.
Cerca de 14 milhões de jovens (de 15 a 29 anos) que já têm o ensino médio completo não puderam seguir com os estudos. Nesse sentido, a pesquisa revela que 44% desses estudantes precisam trabalhar, já 17,5% deles afirmaram não ter recursos financeiros para bancar os estudos.
A maioria dos estudantes do ensino básico (desde a creche ao ensino médio) são assistidos pela rede pública. Porém, isso não ocorre no ensino superior, assim, em 2019, 73,7% dos estudantes de graduação estavam matriculados na rede privada.
Nesse sentido, Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, afirmou que “A principal provedora é a rede pública, e cai bastante quando a gente vai para graduação e pós-graduação. Tem a ver com a nossa lei de educação, tem a infraestrutura montada pelos governos locais para prover esse ensini básico. Quando a gente parte para o ensini superior, a gente já percebe a presença das instituições privadas”.
Os alunos que não continuam seus estudos são diretamente afetados por isso.
Além disso, a PNAD de 2019 apontou também que, em 2019, a porcentagem de jovens com 25 anos de idade ou mais que terminaram a educação básica alcançou 48,8%. Ou seja, menos da metade desses jovens concluiu o ensino médio.
O percentual de pessoas com ensino superior completo subiu de 16,5% para 17,4% em 2019. Contudo, entre aqueles que não completaram o ensino básico, 6,4% não possuem instrução, 32,2% tinham o fundamental incompleto, apenas 8% tinham finalizado o ensino fundamental e 4,5% tinham ensino médio incompleto.
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