O termo “movimento comunal” é usado para denominar os movimentos burgueses que aconteceram a partir do século XI na Europa.
O assunto é abordado com grande frequência por questões de história geral, principalmente dentro dos vestibulares e da prova do ENEM.
Dessa maneira, para que você possa se preparar da melhor forma possível, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo que você precisa saber sobre o movimento comunal. Confira!
Com o surgimento da burguesia e dos burgos, foi possível o surgimento da comunas, ou seja, das primeiras cidades europeias.
O período que foi palco do movimento comunal é conhecido como “Renascimento Comercial e Urbano”, enfatizando a importância que os centros urbanos adquiririam a partir do século XI.
Com o fortalecimento das comunas (cidades dominadas pela burguesia), aconteceria também o movimento comunal, ou seja, a luta desses centros urbanos pela libertação do domínio feudal.
No contexto de surgimento do movimento comunal, as cidades estavam sujeitas à autoridade do senhor feudal e também dos imperadores/reis, sendo obrigadas a pagar altas taxas para essas autoridades. Os centros urbanos também deveriam obedecer as leis dessa administração central.
Assim, a partir do século XI, as cidades passaram a ver as autoridades feudais e imperiais como obstáculos para os seus próprios desenvolvimentos políticos e econômicos. Com isso, elas passaram a lutar por independência e autonomia: foi o início do movimento comunal.
O movimento comunal provocou uma série de consequências para o continente europeu. Na Península Itálica, por exemplo, a autoridade imperial entrou em decadência a partir do século XI, quando o Imperador Frederico I do Sacro Império Romano-Germânico foi derrotado pelas comunas em diversas batalhas. Com isso, as comunas italianas puderem se desenvolver com forte autonomia a partir do mencionado período.
Também no norte da França as comunas conseguiram se libertar da dominação feudal e imperial, desenvolvendo, entre os séculos XI e XII, suas próprias atividades comerciais em autonomia e, consequentemente, enriquecendo.
As cidades alemãs, por outro lado, passaram a se organizar em ligas para lutarem contra a imposição feudal e controlar o comércio local. A mais relevante delas foi a Liga Hanseática.