História do Brasil: Entenda a Greve Geral de 1917
A Greve Geral de 1917 foi um movimento organizado por operários e comerciantes de São Paulo, reivindicando melhores condições de trabalho e aumento de salários.
Greves e movimento operário podem aparecer em vestibulares de todo país, assim como no ENEM. Por isso vale a pena ficar ligado nesse assunto, acompanhe!
Greve Geral de 1917 – Contexto Histórico
No ano de 1917 o mundo estava enfrentando a Primeira Guerra Mundial, trazendo destruição e estragos econômicos e sociais nos países europeus. Ademais, havia a ascensão no poder por comunistas na Rússia.
No Brasil, a realidade era uma séria instabilidade econômica por conta da falta de alimentos e aumento da inflação. Dessa forma, as fábricas brasileiras começam a abrir atraindo pessoas do campo que procuravam melhores condições de vida.
Entretanto, as condições de trabalho nas fábricas eram terríveis, visto que não existia legislação trabalhista, as jornadas de trabalho podiam durar 16 horas diárias, assim como mulheres e crianças eram sujeitados a trabalhos pesados.
Greve Geral de 1917 – Movimento Operário
Até 1906 só havia uma instituição de nível nacional até que foi criada a chamada Confederação Operária Brasileira, por iniciativa dos sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia.
Todavia, existia as Sociedades de Socorro Mútuo e Caixas Beneficentes com objetivos sociais. Através delas eram garantidos que seus membros recebessem assistência médica e indenização em caso de acidente de trabalho.
Contudo, a história começa a mudar com a chegada de imigrantes europeus para trabalharem nas fábricas, sobretudo italianos e espanhóis, que trouxeram contigo princípios socialista e de cunho organizacional.
Por conta disso, eles buscavam demonstrar a necessidade da organização e movimentação por parte dos operários em busca de direitos trabalhistas.
Greve Geral de 1917 – Como começou?
A primeira paralisação ocorreu no bairro da Mooca na cidade de São Paulo na fábrica Crespi que tinham ao menos 2000 trabalhadores. Os funcionários pediam aumento de salário, diminuição da jornada de trabalho, fim do trabalho infantil e do trabalho feminino nos turnos noturnos.
Outras fábricas da região passam a aderir as movimento, além de comícios em realizados pela cidade inspirados por ideias anarquistas e socialistas.
Cria-se então um Comitê de Greve em 8 de julho de 1917, entretanto, há uma forte repressão por parte da polícia, que ocasionou o assassinato do sapateiro espanhol José Martinez.
Em 12 de julho a greve teve início. Por conta disso, fábricas, comércios, transportes amanhecem fechados na cidade. Além disso, por conta da violência policial, os operários resolveram não negociar de forma direta com o patrão, usando jornalistas como intermediadores.
Por fim, depois de longas negociações, os trabalhadores enfim conquistaram o aumento de 20% do salário, direito de associação e a não demissão das pessoas que participaram da greve. Dessa forma, no dia 16 de julho decretou-se o fim da greve.