O termo “Revolta da Chibata” é usado para definir uma revolta envolvendo membros da Marinha que aconteceu durante a República Velha.
O assunto é abordado com certa frequência por questões de história do Brasil, principalmente nos mais variados concursos, vestibulares e na prova do ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para que você consiga se preparar da melhor forma possível, o artigo de hoje separou um resumo completo sobre a Revolta da Chibata. Confira!
A Revolta da Chibata foi uma manifestação militar realizada pelos membros de baixa patente da Marinha brasileira. Ela ocorreu no Rio de Janeiro de 22 a 27 de novembro do ano de 1910.
No dia 22 de novembro, o marinheiro Marcelino Rodrigues Menezes desmaiou após receber 250 chibatadas como castigo. A insatisfação com a situação foi imediata e se juntou aos baixos salários e péssimas condições.
Dessa forma, o marinheiro João Cândido Felisberto, que ficou conhecido como Almirante Negro, passou a liderar a revolta.
Durante a República Velha, a Marinha brasileira era composta principalmente por negros que tinham conquistado a liberdade a pouco tempo. Os demais eram humildes e tinham poucos recursos. Para os dois grupos, porém, a rotina de trabalho era exaustiva e os salários eram baixos e incompatíveis com o custo de vida da época.Ainda, a rígida disciplina dos marinheiros era mantida pela execução de castigos físicos, incluindo a “chibatada”. Os castigos eram aplicados com frequência e, muitas vezes, sem motivos específicos, o que gerava insatisfações.
Os revoltosos queriam o fim imediato dos castigos, a anistia aos envolvidos e melhores condições de trabalho. Contudo, a s péssimas condições de trabalho dos marujos não foram as únicas motivações para a revolta. No Brasil como um todo, as famílias mais pobres sofriam com a pobreza e a desigualdade social. Assim, historiadores consideram a revolta da Chibata também como um movimento contra as desigualdades sociais e raciais.
No dia 26 de novembro, o presidente Hermes da Fonseca colocou um fim ao conflito: 37 revoltosos foram presos e mais de dois mil marinheiros, incluindo o líder da revolta, foram expulsos da Marinha.