Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o auxílio emergencial pode passar por uma nova prorrogação, caso os impactos econômicos e sanitários da pandemia do novo coronavírus durem mais do que o previsto. Até então, a nova rodada do auxílio deve ser paga durante quatro meses. Se depois desse tempo a pandemia continuar crescente, o governo deve examinar a situação e avaliar uma nova extensão do programa voltado aos mais vulneráveis.
“O auxílio emergencial é para a pandemia. Se a pandemia continuar conosco, aí nós temos que falar de novo de auxílio emergencial lá na frente. Mas se a pandemia for embora, acaba o auxílio emergencial, e quem está no Bolsa Família volta, talvez não mais para o Bolsa Família, e, sim, para o Renda Brasil”, disse Guedes. A declaração foi dada em videoconferência promovida pelo Jota.
A PEC Emergencial que abre espaço para a nova rodada do auxílio já foi aprovada no Congresso. A PEC permite o gasto de até R$ 44 bilhões fora do teto de gastos. O governo irá publicar Medida Provisória definindo todos os detalhe se regras da nova rodada.
O que se sabe até agora
De acordo com o novo desenho do programa, divulgado pelo Estadão, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) deve pagar quatro parcelas, que variam de R$ 150 a R$ 375, para cerca de 46 milhões de beneficiários. Diferente do que aconteceu em 2020, na fase inicial da pandemia, o governo só irá pagar para uma pessoa por família.
Em 2020, o auxílio emergencial permitia o pagamento de até dois benefícios para cada família. No caso de família unipessoal, ou seja, para quem mora sozinho, o auxílio terá pagamento de R$ 150 por parcela. Famílias monoparentais, ou seja, de mães chefes de família, receberão pagamento de R$ 375 por parcela. E famílias que não são de apenas um indivíduo e não são chefiadas por apenas mulheres receberão pagamento de parcela de R$ 250.