Durante um evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “o ministro João Roma (Cidadania) vai estender o auxílio emergencial”. O anúncio causou uma grande expectativa, no entanto, logo foi retificado por sua assessoria.
Em nota, a assessoria da equipe econômica informou que a informação não era referente ao Auxílio Emergencial, e sim ao Auxílio Brasil, novo programa social de transferência de renda.
Todavia, há de fato uma possibilidade do coronavoucher ser novamente prorrogado. Atualmente, o Governo Federal está com dificuldades de encontrar recursos o suficiente para viabilizar o novo Bolsa Família.
Diante disso, considerando que os cidadãos de baixa renda ficariam desamparados sem a mensalidade do novo programa ou do auxílio, parlamentares já estudam uma nova extensão para o benefício emergencial.
Com o Auxílio Brasil, o governo pretende conceder o benefício a mais famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, além de elevar o valor médio distribuído, de R$ 192 mensais para cerca de R$ 300.
Desta forma, a equipe técnica do projeto busca abrir espaço no teto de gastos e por isso quer alterar a regra de pagamento dos precatórios. Ademais, o foco também está em arrecadar recursos com a Reforma do Imposto de Renda.
“Se o próprio Supremo nos dá um comando para aumentar a base e o valor da renda básica, ou do auxílio emergencial, e nós estamos passando de 14 para 17 milhões (de beneficiados) e estamos passando (o valor do benefício) de 180 reais para quase 300 reais… esse comando conflita com o comando de pagar os precatórios instantaneamente, então nós temos que escolher”, disse Guedes.
O chefe da equipe econômica afirmou ainda que aguarda uma orientação do STF, mas que conta também conta com o apoio do Congresso.
“O Congresso aprovando a PEC dos Precatórios e aprovando a reforma do Imposto de Renda, nós temos garantido o Bolsa Família subindo mais de 60%, bem mais do que subiu a comida, o combustível, tudo isso”, completou o ministro.
Após muitos meses alegando que o auxílio emergencial não sofreria uma nova prorrogação, o Governo Federal já se movimenta nos bastidores para estender o benefício por mais tempo. Já existem rumores que membros do Palácio do Planalto já dão como certa a ideia de pagar o benefício por mais alguns meses.
O Governo Federal, oficialmente, ainda não confirma que o auxílio emergencial será prorrogado por mais tempo. O que se sabe até agora é que o benefício seguirá até a 7ª parcela, com depósitos começando já neste mês de outubro e saques em espécie até outubro.
No entanto, é muito provável que o Palácio do Planalto faça o anúncio da prorrogação do programa a qualquer momento.
Ainda de acordo com informações de bastidores, eles ainda não fizeram esse anúncio porque não chegaram a um acordo sobre alguns detalhes. Atualmente, por exemplo, ainda não se sabe quantos meses o projeto vai ter pela frente. Também não se sabe se os valores seguirão os mesmos.
Segundo informações do Ministério da Economia e seu ministro, Paulo Guedes, a prioridade também é o Auxílio Brasil. O Governo Federal segue na busca de substituir o Bolsa Família já a partir do mês de novembro, ou seja, já no próximo mês.
Para este ano, este projeto já está garantido, mas isso não está deixando o Governo menos preocupado. É que ainda falta para conseguir um espaço no orçamento para fazer esses repasses a partir de 2022.
Neste momento, o Ministro da Economia está tentando convencer o Congresso Nacional a aprovar uma série de textos que abririam espaço no Orçamento. Entre eles, por exemplo, está a PEC dos precatórios. Esse texto está na Câmara dos Deputados.