O Presidente Jair Bolsonaro está querendo reajustar o salário dos servidores públicos no ano de 2022. Essa é uma questão que o chefe do executivo decidiu por conta própria. No entanto, ele ainda precisa combinar isso com o seu Ministério da Economia. De acordo com informações de bastidores, os dois lados possuem visões diferentes sobre o assunto
Segundo informações que circulam pela imprensa, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, está tentando convencer o Presidente a desistir desta ideia. Ou pelo menos que ele deixe esse aumento dos servidores para um período posterior e não logo no início de 2020. Não se sabe o que Bolsonaro pensa sobre isso.
Para Guedes, a ideia de aumentar esses salários agora é mais prejudicial para os gastos públicos do que as possíveis despesas com o novo Bolsa Família. É que na visão do Ministro o reajuste acaba trazendo uma situação de saída de dinheiro permanente que não vai trazer uma contrapartida imediata para o Governo.
Para o Ministro, a ideia de gastar dinheiro público com o novo Bolsa Família e até mesmo com o andamento de obras seria mais vantajosa. Isso porque, de acordo com ele, esse gasto poderia acabar trazendo um retorno para a União de alguma forma. Por isso o Ministro ainda segue fazendo força para o Presidente mudar de ideia.
Essa provavelmente não será uma tarefa fácil para Guedes. É que de acordo com informações de bastidores, Bolsonaro parece decidido a dar esse aumento para esses trabalhadores. Se isso acontecer, o Ministério acredita que vai ser preciso fazer cortes das verbas extras em outras áreas.
De acordo com analistas políticos, o Presidente Jair Bolsonaro estaria de olho nas eleições presidenciais de 2021. Dentro do Palácio do Planalto, tem gente falando até que isso teria um nome: “o pacote de bondades”.
Além desse reajuste, Bolsonaro deve prorrogar o Auxílio Emergencial por mais dois ou três meses. E, neste caso, o próprio Ministro da Economia confirmou essa informação. Falta saber, no entanto, alguns detalhes.
E não pararia por aí. Bolsonaro também quer aumentar o valor do novo Bolsa Família. Em entrevista recente, o chefe do executivo disse que a média de pagamentos do programa vai subir para a casa dos R$ 300. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, essa média é de R$ 190.
E esse seria mais um motivo de discussão de visões diferentes entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia. É que membros da pasta de Guedes seguem afirmando que essa média de R$ 300 seria muito alta.
De acordo com informações de bastidores, esses analistas econômicos queriam um valor médio de R$ 250. No entanto, Bolsonaro estaria decidido a pagar o patamar de R$ 300. Falta saber portanto quem vai ganhar essa discussão.
Em entrevista recente, o Ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) comparou Bolsonaro com a ex-Presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que os dois tomaram medidas pensando apenas nas eleições. Nenhum dos dois políticos se manifestou sobre esse comentário do Deputado.